A falta d’água em Americana voltou a ser debatida entre os vereadores, na sessão de ontem. Antes da ordem do dia, Leonora Périco (PDT) pediu para falar de requerimento sobre a falta de água na região do São Jerônimo.
“Tem noção de uma dona de casa ter que levantar 4h30 para pegar água para lavar roupa? É lamentável. Americana está sofrendo, gostaria que o diretor do DAE desse uma atenção especial”.
Leonora frisou que todos os vereadores devem receber reclamações e que a Câmara deveria tomar alguma atitude.
Vagner Malheiros (PSDB) afirmou que os vereadores são cobrados por medidas que cabem ao Executivo. “Vamos pagar a conta pela falta de água”, disse.
Gualter contou que no Parque Gramado uma rua ficou quatro dias sem água. “Tinha um registro fechado e ninguem sabia que ele existia. É inacreditável o que foi feito nessa cidade. O DAE tem que ter novas tecnologias, atualizar o treinamento para funcionários. Já vi funcionário não poder fazer reparo ao lado do que está fazendo porque não tem ordem de serviço, a logística está errada. Temos que cobrar, é apenas o começo e pode ser uma calamidade pública. E a solução é a médio e longo prazo”, disse.
Juninho Dias (MDB) e Marcos Caetano (PL) sugeriram transporte de água através de caminhões-pipas para as regiões da cidade que têm ficado sem água.
Léo da Padaria (PV) destacou requerimento ao DAE por falta de água na região do São Luiz e da Praia Azul. Segundo ele, um morador do São Luiz ficou 38 dias acordando de madrugada para encher balde.
Juninho sugeriu que Carlos Zappia, diretor do DAE, fosse à Câmara tirar dúvidas dos vereadores. “Tem muito vereador novato, é bom para eles entenderem. O Zappia nunca correu, sempre esclareceu”. Léo concordou.
Brochi disse que a convocação de Zappia seria desnecessária e sugeriu que o diretor do DAE fosse à reunião dos vereadores com o secretário de Governo antes da próxima sessão.
Professora Juliana destacou a importância de campanhas de conscientização do uso de água, não apenas individualmente.
“Questionando o uso da água pelo setor privado, é uma forma de educar ambientalmente”, apontou.
A reportagem questionou a prefeitura sobre o assunto, mas não houve resposta até o fechamento desta edição.