Os recentes casos de febre maculosa, em Campinas, geraram muita preocupação com a doença, que é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia e transmitida pela picada do carrapato. Apesar dos casos em humanos, a febre maculosa também atinge os animais domésticos, e protegê-los pode garantir a segurança dos pets e dos tutores.
A Rede TODODIA entrevistou a médica veterinária Karine Batagin, que explicou sobre a transmissão da doença. “A febre maculosa é transmitida através da picada do carrapato do gênero Amblyomma, contaminado por uma bactéria do tipo Rickettsia. A doença só é transmitida através da picada do carrapato, e não são todos que estão contaminados com essa bactéria. Uma coisa muito importante é que, para ter a transmissão da doença, o carrapato precisa ficar aproximadamente quatro horas fixado na pele”, disse a especialista.
De acordo com a veterinária, os sintomas da febre maculosa nos animais são semelhantes aos sintomas de outras doenças, o que dificulta o diagnóstico. Segundo ela, a melhor forma de proteger os pets é através da utilização de comprimidos de via oral.
“Nos animais, os sintomas podem ser a mialgia, apatia, inapetência e febre, são sintomas gerais, não tem um sintoma específico. Por isso, nós temos muita dificuldade na identificação precoce da doença. O que eu sempre recomendo, é que os tutores deem os comprimidos para evitar com que os pets se contaminem com os carrapatos. A precocidade é o que vai dar a vida lá na frente”, explicou Karine.
Além de cuidar do bem-estar dos pets, protege-los contra os carrapatos também diminui o risco da doença nos humanos. Se o animal for picado, é necessário levá-lo ao veterinário com urgência. Após os exames, caso ele seja diagnosticado com a febre maculosa, os remédios utilizados no tratamento serão antibióticos, como doxiciclina.
