Em um espaço onde o cuidado vai além da clínica e o desenvolvimento acontece com amor, a Azultherapy, localizada em Americana, transforma a vida de crianças, jovens e adultos com condições neurológicas. Mais do que um centro terapêutico, o local é um verdadeiro refúgio para famílias que buscam acolhimento, evolução e pertencimento.
Especializada em habilitação e reabilitação neurológica, a Azultherapy atende pessoas com paralisia cerebral, autismo, TDAH, síndromes genéticas e outras condições. O atendimento é multiprofissional, com foco em metodologias eficazes e, acima de tudo, no cuidado humanizado.
“A Azultherapy tem 13 anos de existência. Quando eu fundei, atendia como fisioterapeuta. Era um projeto de vida, para realmente fazer a diferença na vida das crianças. E entendi que apenas a fisioterapia não seria capaz de fazer isso”, explica Leili Soares, presidente e fundadora da clínica.
Atualmente, mais de 100 famílias são atendidas por equipes de diferentes especialidades, como fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional, pedagogia, musicoterapia e nutrição. “A criança pode vir desde bebê, e o tratamento pode se estender até a fase adulta”, reforça Leili.

As mães são parte ativa no processo terapêutico e relatam com emoção o impacto da clínica na vida de seus filhos. Anchelli Tioti, mãe da Melissa, conta que a filha começou na clínica aos oito anos. “Eu estava grávida de um menino, e a gente é muito bem acolhida. A Melissa adora os terapeutas, e a gente formou uma família aqui.”
Fernanda Costa, mãe de Matheus e Lucas, destaca o progresso dos filhos. “Eu como mãe fico muito feliz de ver a felicidade deles. É uma satisfação ver a evolução deles, ganhando experiência e qualidade de vida.”
Janaina Soares, mãe do Pedro, também faz acompanhamento psicológico na clínica. “Eu tenho uma gratidão muito grande. Cheguei aqui bem abalada psicologicamente. Hoje, em casa, meu filho conversa, tem iniciativa. É incrível”, relata.
Maria Ribeiro, tia de Júlio César, viu o menino florescer após iniciar o acompanhamento. “A gente não via nenhum desenvolvimento. Ele não falava, não suportava barulho. Agora conversa, reage, se expressa. É maravilhoso.”
O cuidado vai além da infância. Maria Júlia, paciente de 24 anos, se sente acolhida em cada sessão. “Aqui é um espaço muito acolhedor. Me sinto muito bem. Me formei em Direito e agora estou me especializando em pessoas com deficiência. É por essa causa que eu quero lutar.”
Vanessa Viapiana, recepcionista da Azultherapy desde o início, também vive esse impacto diariamente. “É muito gratificante estar aqui, recepcionando as crianças e mostrando que uma mulher com deficiência pode estar em qualquer lugar. É muito bom fazer parte disso tudo.”
Festa Junina Inclusiva
E esse espírito de inclusão transborda as salas da clínica. Neste fim de semana, a Azultherapy realiza sua 3ª Festa Julina Inclusiva, a única da região pensada exclusivamente para crianças e jovens com deficiência.
O evento é gratuito, beneficente e acontece na rua, com apresentações dos próprios pacientes“Nós decidimos levar essa festa para a rua, montar o palco na calçada para mostrar à sociedade o talento das nossas crianças. Mostrar do que elas são capazes: cantar, dançar, se expressar. É uma forma de incluí-las de verdade”, destaca Leili.
Débora Lana, mãe do Davi, participa do evento com entusiasmo, “É a terceira vez que a gente vem. A festa é especial, mostra que a gente cabe em todos os lugares do mundo. A nossa rotina não é pesada, ela é leve por conta do acolhimento que temos aqui.”
Mais do que um espaço terapêutico, a Azultherapy é um projeto de transformação social. “A princípio, quando as pessoas conhecem a nossa rotina, acham que deve ser pesado. Mas não. Existe uma entrega, sim, mas também muita leveza. A gente troca experiências, se apoia”, conta Débora.
A Festa Julina Inclusiva e beneficente da Azultherapy será neste domingo (6), às 11h, na Rua dos J ambeiros, n°305, Vila São Pedro, Americana.
Com respeito, dedicação e amor, a clínica prova todos os dias que o desenvolvimento é possível , e que a verdadeira inclusão se faz com espaço, escuta e oportunidade.