
A ajuda aos gaúchos tem mobilizado todos os estados brasileiros. Em Americana, um dos pontos de arrecadação é a Fidam (Feira Industrial de Americana), onde sócios de uma transportadora se reuniram para arrecadar insumos e estão programando viagens ao Rio Grande do Sul.
As arrecadações começaram na última segunda-feira (6) e seguirão até sexta-feira (17) da próxima semana. Um caminhão, com cerca de 23 toneladas de carga, foi despachado nesta quinta (9). A ideia é enviar mais dois caminhões até o fim da campanha.
Todo o trabalho de recebimento, triagem, empacotamento e despache dos donativos, está sendo realizado de forma voluntária. “O povo abraçou a causa. A maioria aqui nem se conhecia, esse é nosso Brasil, esse povo solidário”, disse Júnior Docusse, do Grupo MBM, que está à frente do projeto junto a Ciesp e a própria Fidam.

Todo tipo de donativo está sendo aceito, mas a atenção especial fica para alimentos e bebidas prontas, além de roupas de frio, pois a previsão é que nos próximos dias a temperatura abaixe cada vez mais no Rio Grande do Sul.
Quem está responsável por direcionar as doações é Cássio Machado, nascido no Rio Grande do Sul, que mora em Americana há três meses e esteve no Sul há 10 dias. Ele conta que voltou para São Paulo justamente para ajudar na destinação dos mantimentos que estão sendo arrecadados.
“Muita coisa está indo e parando não tendo onde colocar o material”, relatou Cássio. Segundo a explicação dele, está sendo montado um centro de distribuição no município de Sapiranga, que funcionará como um mercado, onde os moradores da região poderão pegar exatamente o mantimento que precisam. Claro, totalmente gratuito.

O alerta importante para a população é separar e doar aquilo que realmente uma outra pessoa pode utilizar. Há registros de entrega de roupas rasgadas, por exemplo. Neste momento o Rio Grande do Sul precisa do Brasil.
“Não adianta a gente ficar mandando carretas e carretas para lá, sem a gente ver onde vai chegar e como vai ser. O estado do Rio Grande do Sul está devastado, eu nunca vi e espero que nunca mais veja o que eu vi lá”, disse o rapaz, que tem familiares que perderam muitos bens.

