Os servidores de Americana aprovaram em assembleias a proposta de reposição de 3,94% nos salários do funcionalismo público municipal, oferecida na semana passada pelo prefeito Omar Najar (MDB).
A proposta da Administração inclui ainda aumento real de 8,35% no valor do vale-refeição, que deve subir de R$ 563,00 para R$ 610,00 mensais.
Ao todo, 1.475 servidores – dentre um total de 5,1 mil funcionários públicos municipais – votaram durante as assembleias realizadas até a noite de terça-feira pelo SSPMA (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Americana). Nas votações, 93% dos trabalhadores (1.387) se posicionaram a favor da proposta de reajuste, incluindo o aumento nos salários e no vale-refeição, segundo dados divulgados ontem pelo sindicato.
Somente 81 funcionários rejeitaram a proposta e sete votaram em branco.
O índice de reajuste oferecido é referente à reposição da inflação medida em 2018 pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). A proposta para o funcionalismo será submetida hoje à votação dos vereadores, em regime de urgência especial.
O sindicato pediu agilidade na aprovação do resultado das negociações do dissídio coletivo da categoria, cuja data-base é 1º de março.
“Nós pedimos agilidade ao Gabinete do prefeito no sentido de encaminhar rapidamente o projeto para votação (na Câmara) em tempo adequado, para evitar a folha complementar, que acaba acarretando mais despesas para o município. Estamos esperando isso, para que se vote em tempo adequado, se necessário com uma sessão extraordinária”, informou o presidente do sindicato, Toninho Forti.
De acordo com os dados mais atualizados do Portal da Transparência do município, a folha de pagamento de dezembro de 2018 da Prefeitura de Americana atingiu R$ 44,5 milhões, o que representa um índice de 49,91% da Receita Corrente Líquida.
Pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), o limite prudencial de comprometimento do orçamento com a folha de pagamento é de 51,3%. A prefeitura ainda não divulgou qual será o impacto com os reajustes.
A Administração se comprometeu, ainda, a destinar R$ 200 mil mensais para o pagamento de licenças-prêmios, que estava suspenso desde 2011.
Em janeiro deste ano, os pagamentos foram retomados com a aplicação de R$ 100 mil mensais para esse fim.