Funcionários da região que aderiram à greve nacional dos Correios desde terça-feira da semana passada (18) farão um protesto em Campinas na manhã desta quarta-feira (26). Na segunda-feira (24), a categoria decidiu manter a greve em todo o País, por tempo indeterminado.
Segundo o Sintectas (Sindicato dos Trabalhadores em Correios de Campinas e Região), que cobre Americana, Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara e Sumaré, os funcionários farão uma passeata em Campinas, na Francisco Glicério, em frente à agência central do município, a partir das 9h.
Segundo o sindicato, às 14h, haverá uma mediação no TST (Tribunal Superior do Trabalho), solicitada pela empresa ibten. A expectativa do Sintectas é de que audiência seja marcada na mediação.
De acordo com o sindicato na região, a agência dos Correios de Santa Bárbara d’Oeste da Rua Dona Margarida está fechada desde segunda-feira (23) e deve permanecer assim por tempo indeterminado. As agências do Tivoli Shopping e as agências de Americana das avenidas De Cillo e Campos Salles são franqueadas e mantêm normalmente as postagens.
A agência de Americana da Rua Dom Pedro, que é própria, segundo o Sintectas, segue funcionando apenas com a gerente e uma atendente, das 9h às 13h. O mesmo acontece com a agência dos Correios de Nova Odessa, que mantém o mesmo horário, apenas com quatro funcionários.
Segundo o sindicato, em Americana, entre 85% e 90% dos carteiros de cartas e encomendas seguem parados. O centro de encomendas de Americana atende Nova Odessa e Santa Bárbara, informou o Sintectas.
Quando funcionários da região aderiram à greve, na semana passada, o sindicato informou que são cerca de 350 funcionários nas cinco cidades e por volta de 60% havia aderido à greve. A maior adesão na ocasião era de Santa Bárbara, de 90%.
A categoria reivindica que os Correios respeitem acordo coletivo fechado ano passado entre as partes. A empresa é acusada de retirar 70 das 79 cláusulas. Outra bandeira é contra a privatização dos Correios, exigindo a contratação de mais funcionários por concurso público.
OUTRO LADO
Em nota, a direção dos Correios classifica que “a paralisação parcial traz prejuízos financeiros não só aos Correios, mas a inúmeros empreendedores brasileiros”.
A empresa diz que, no último fim de semana, mais de 1,2 milhão de cartas e encomendas foram entregues em todo o país. Para isso, houve remanejamento de pessoal de áreas administrativas para o setor de entregas.
“Em todo o Brasil, a rede de atendimento segue aberta e os serviços, inclusive o Sedex e o PAC, continuam disponíveis. As postagens com hora marcada permanecem temporariamente suspensas – medida em vigor desde o anúncio da pandemia”, diz a empresa.