A Operação Bandeira Suja, desenvolvida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de Minas Gerais, prendeu dois homens na região ontem.
O trabalho contou com apoio do Gaeco de Campinas.
A operação visa combater o furto e a venda de gasolina furtada diretamente de dutos da Petrobras em Minas Gerais. O prejuízo estimado à estatal é de mais de R$ 3 milhões.
Por semana, eram furtados 40 mil litros do combustível.
De acordo com a assessoria de comunicação do MP de São Paulo, na região de Campinas, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, além de dois mandados de prisão temporária nas cidades de Paulínia e Cosmópolis.
Foram apreendidos objetos e documentos, uma arma de fogo falsa e R$ 283 mil em dinheiro. Entre os objetos estão uma bomba de sucção e mangueira de alta pressão, além de uma réplica de arma de fogo.
Em Minas Gerais, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão. Foram apreendidos veículos de luxo, caminhões utilizados no transporte do combustível furtado e uma aeronave, cujo valor é de aproximadamente R$ 1 milhão, além de dinheiro em espécie e drogas.
De acordo com o promotor de Justiça Luiz Felipe Cheib, do Gaeco de Minas Gerais, as investigações duraram cinco meses. “Na prática, eles descobrem onde passam os dutos da refinaria, alugam imóvel perto e instalam válvulas diretamente nos dutos da Petrobras e ali fazem a subtração do combustível”, explicou.
De acordo com o promotor, um dos envolvidos, do Estado de São Paulo, já trabalhou na Petrobras e, atualmente, trabalha em empresa que recebe combustível da estatal. “Esse chefe da quadrilha já tinha histórico da prática desse crime no Estado de São Paulo e ele foi localizado em um resort na Bahia e está sendo trazido pra cá”, explicou o promotor.
Na região de Campinas, participaram da operação policiais do 19º BPM/I (Batalhão de Polícia Militar do Interior), sediado em Americana, e do Baep (Batalhão de Ações Especiais), de Campinas.
