sexta-feira, 19 abril 2024

Geração de empregos tem aumento de 104% em maio na região

Americana e Santa Bárbara registraram os maiores percentuais na região 

Desenvolve SB | Santa Bárbara tem o maior aumento percentual de vagas criadas (Foto: Divulgação)

A geração de empregos formais na região cresceu 104% em maio deste ano comparado a igual período do ano passado, segundo dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O órgão apontou que as cidades de Americana, Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré registraram saldo positivo de 2.261 empregos em maio. Foram 12.866 admissões e 10.605 desligamentos. Em maio do ano passado, o saldo no mesmo mês foi de 1.108 empregos.

Em Americana, a criação de empregos aumentou de 241 vagas em maio do ano passado para 769 neste ano, uma alta de 219%.

Hortolândia gerou 373 novos empregos no mês passado, mais do que o saldo de 246 em 2021, aumento de 51,6%. Nova Odessa também elevou a criação de postos de trabalho: de 47 para 67, 42,5%.

Santa Bárbara d’Oeste teve crescimento de 131 para 501 novos empregos nos dois períodos, salto de 282,4%. Sumaré também teve maior saldo, de 443 para 551, alta de 24,3%.

Entre os meses de abril e maio deste ano, também houve aumento no número de empregos formais na região. Entre os dois meses, o crescimento registrado foi de 33,5%, com saldos de 1.694 vagas em abril e de 2.262 em maio.

A economista Eliane Navarro Rosandiski, professora da PUC-Campinas, explicou que grande parte dos empregos gerados tem baixa remuneração, o que faz a recuperação da empregabilidade perder um pouco da “força” e da “potência”. A professora disse que a faixa etária mais contratada em maio foi a dos jovens que estão no Ensino Médio, através do setor de Comércio e Serviços, que são dinâmicos. “Embora isso seja bom porque você está gerando algum tipo de emprego numa situação em que o desemprego está muito alto, esses setores têm uma capacidade de pagamento mais baixa e esse segmento acaba recebendo menos”, disse.

Conforme a economista, a dinâmica na geração de trabalho que acontece nos segmentos dos setores de Serviços e de Comércio está relacionada com o consumo interno, mas com desorganização das cadeias internacionais, uma vez que o emprego não caminha para segmentos de maior produtividade como os setores industriais. “É uma conjuntura que ainda não tem a segurança necessária para gerar os empregos, na medida que a gente precisaria para colocar num círculo mais sustentável de crescimento”, avalia.

SALÁRIO

O Ministério do Trabalho e Previdência divulgou uma tabela com a média salarial de admissões e desligamentos em todo o Brasil. A tabela mostra a diminuição da média dos salários desde janeiro de 2020. “Isso já dá uma estimativa do quanto esse processo de geração de emprego de certa forma está vindo acompanhado de uma certa piora no padrão de remuneração”, disse. A média do salário nacional de pessoas recém-contratadas em regime CLT em maio deste ano foi de R$ 1.898,02, 5% menor do que o salário de admissão em maio de 2021, quando a média era de R$ 2.010,68. Em janeiro de 2020, a média era de R$ 2.122,05. 

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