A Pesquisa Todo Dia Campinas/Sampi/Ágili quis saber a avaliação do eleitor sobre atual administração do prefeito Dário Saadi. A gestão foi classificada como ‘regular’ por 38,3% dos entrevistados. Para 30,8%, a administração é ‘boa’ e 5,1% consideram ‘ótimo’ o governo municipal; ‘ruim’ foi como classificaram 9,5% dos entrevistados; e ‘péssima’, 14,3%. Não souberam ou não quiseram responder 2,1% dos eleitores entrevistados.
A pesquisa também questionou aos entrevistados se “aprovam ou reprovam a Administração Municipal de Campinas”. Um pouco mais da metade, cerca de 53,4%, respondeu que aprova a gestão, enquanto 41,1% reprovam. Não souberam ou não responderam somaram 5,5%.
Saúde lidera demanda por melhorias em Campinas
Alvo das principais reclamações contra a administração, a área da saúde ocupou com folga a primeira posição na lista de demandas prioritárias entre os entrevistados da Pesquisa Todo Dia Campina/Sampi/Ágili.
O levantamento mostrou que 40,6% dos que responderam consideram o segmento o mais importante e aquele que a prefeitura deveria priorizar seus esforços para melhorar a qualidade de vida da população. A área tem o maior orçamento da metrópole, com a destinação de R$ 2,13 bilhões, mas o usuário sofre com atendimento, marcações de especialidades e a demora para exames.
Para se ter uma ideia, as queixas de moradores relacionadas aos atendimentos em Centros de Saúde (CSs) em Campinas cresceram 42% em 2023, se comparado ao ano anterior. Foram 3.106 reclamações no ano passado, ante 2.187 de 2022.
Na segunda posição de áreas prioritárias está a Educação, com 17%, e não é uma coincidência de que setor também ocupa o segundo lugar em recursos destinados, com R$ 2,12 bilhões, uma exigência legal da Lei de Responsabilidade Fiscal, que obriga a priorização de verba em Saúde e Educação. Na área, a atual gestão apostou na implantação do programa batizado de Espaço do Amanhã, 16 supercreches viabilizadas com orçamento municipal para tentar extinguir o crônico déficit de vagas de 0 a 5 anos.
A terceira área mais mencionada foi a segurança, um dever constitucional do estado, mas que incomoda e muito o cidadão. 12,4% colocaram o segmento como prioritário. Não é para menos, afinal Campinas ficou na quinta posição dentre as nove cidades do estado de São Paulo com mais de 500 mil habitantes em um ranking de violência. O levantamento foi apresentado no IECV (Índice de Exposição aos Crimes Violentos) feito pelo Instituto Sou da Paz com dados de 2022 da SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo).
Vale mencionar também uma preocupação que chamou a atenção no levantamento, a situação de pessoas que vivem nas ruas de Campinas. Para 10,8% dos eleitores da cidade é um assunto que precisa ser priorizado pela administração municipal. De acordo com a prefeitura de Campinas, o último censo de “moradores de rua” apontou 1,3 mil pessoas na situação de vulnerabilidade. A administração aponta que faz ações para o atendimento e encaminhamento, mas o número aumentou de 2021 para cá quando era contabilizadas 932 pessoas.
Pesquisa
Foram entrevistados 800 eleitores moradores de Campinas, maiores de 16 anos, entre os dias 20 e 23 de junho. Foi utilizada a aplicação de questionário estruturado, com entrevistas por telefone, junto a uma amostra representativa do eleitorado em estudo. A margem de erro é de 3,5%, para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. Custeada pelo Todo Dia (Rede Cidade de Americana) com recursos próprios, a pesquisa está registrada no TSE com o número SP-05695/2024.
