
O governo do Estado de São Paulo publicou nesta segunda-feira (20) uma resolução que declara de utilidade pública 23 áreas localizadas em Campinas, Valinhos, Vinhedo, Louveira e Jundiaí para a implantação do Trem Intercidades (TIC), que ligará Campinas à capital paulista.
As desapropriações, que somam 77 mil metros quadrados, serão conduzidas pela concessionária TIC Trens S.A., responsável pela execução do projeto. O governo prevê que os imóveis sejam destinados à construção da Via Permanente do Trecho 3 – Lote 1 do empreendimento.
Processo e urgência nas desapropriações
Segundo o documento publicado no Diário Oficial, as desapropriações poderão ocorrer de forma amigável ou judicial. A resolução também autoriza a concessionária a recorrer ao caráter de urgência, permitindo acesso mais rápido aos terrenos e o prosseguimento das etapas de engenharia e preparação das obras.
O contrato de concessão do Trem Intercidades foi assinado em 3 de junho de 2024 e tem duração de 30 anos, com início previsto para dezembro de 2025. O investimento total é estimado em R$ 13,5 bilhões, incluindo contraprestação e outorga no valor de R$ 268 milhões.
Cronograma e geração de empregos
De acordo com o governo estadual, as obras dos trilhos devem começar no primeiro semestre de 2026, e a operação comercial está prevista para 2031. A expectativa é que os investimentos gerem mais de 10 mil empregos diretos e indiretos, beneficiando cerca de 15 milhões de pessoas em 11 municípios.
Características do Trem Intercidades
O Trem Intercidades Eixo Norte fará o trajeto entre São Paulo (Barra Funda) e Campinas, com tempo estimado de viagem de 64 minutos. O projeto também contempla o Trem Intermetropolitano (TIM), que ligará Jundiaí a Campinas em cerca de 33 minutos, com cinco estações ao longo do percurso.
A frota do TIC será composta por 15 novos trens, com capacidade total de 12.900 lugares, além de sete composições para o TIM e a modernização de 30 trens que operam atualmente na Linha 7 da CPTM.
No total, o sistema contará com 101 quilômetros de extensão no serviço expresso e 44 quilômetros no serviço parador, conectando o principal eixo populacional e industrial do estado de São Paulo.