sábado, 20 abril 2024

Governo federal derruba envio de verba contra Covid em Americana

Os repasses de verbas do Governo Federal para o combate à pandemia em Americana caíram drasticamente nos primeiros meses de 2021 no comparativo com o ano passado, conforme dados do TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo). Enquanto em 2020 a média mensal de repasse financeiro foi de R$ 4,8 milhões, neste ano, quando o país vive a segunda onda da Covid-19, o Ministério da Saúde enviou apenas R$ 240 mil por mês.

De acordo com o relatório do TCE, que reúne dados da gestão de enfrentamento da Covid-19 em todo o estado de São Paulo, de março a dezembro de 2020, o Governo Federal destinou a Americana quase R$ 48 milhões, mas em 2021, ao longo dos quatro primeiros meses do ano, apenas R$ 960 mil foram encaminhados ao município.

Em 2020, apenas em março e abril, quando a pandemia havia acabado de começar, o Governo Federal mandou cerca de R$ 2,4 milhões para Americana.

Esse valor é quase o triplo do que a cidade recebeu ao longo deste ano de 2021.

Em relação às verbas do estado, no comparativo entre os dois anos, o repasse aumentou proporcionalmente em 2021 – momento mais grave da pandemia. Foram R$ 4,2 milhões em 2020 ao longo de 10 meses e R$ 3,1 milhões em 2021 de janeiro a abril.

A queda nos repasses federais tem preocupado a Prefeitura de Americana, já que o Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi tem sido referência no atendimento público dos pacientes com Covid-19 – e motivado até devoluções do duodécimo por parte da Câmara para ajudar nos gastos com a pandemia.

A redução do repasse federal foi alertada pela secretária de Fazenda de Americana, Simone Inácio de França Bruno, durante audiência pública sobre as metas fiscais do primeiro quadrimestre, realizada nesta quarta-feira (26), na Câmara de Americana.

“Há uma grande preocupação, porque a pandemia não finalizou, pelo contrário só tem se agravado. A gente tem visto uma preocupação constante do prefeito e do secretário de saúde quanto ao andamento da pandemia. As necessidades do hospital são crescentes e temos recebido recursos do governo federal e estadual, mas em volume bem menor do que aconteceu em 2020. É um motivo de grande preocupação para o governo (municipal). É bem preocupante para nós, porque não sabemos até que ponto teremos que suportar as despesas da Covid”, disse a secretária.

A situação dos repasses foi criticada na audiência pelo presidente da Câmara, Thiago Martins (PV).

“Teve o repasse ano passado, e o problema não acabou. O hospital está lá atendendo a cidade e região. Precisamos nos preocupar, é a prefeitura que está bancando, a Câmara ajudando, mas isso não vai resolver o problema, principalmente porque já se fala numa terceira onda.

O Ministério da Saúde foi questionado pela reportagem sobre a redução nos repasses, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.

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