sábado, 17 maio 2025
CONTROLE DA DOENÇA

Grupo de Apoio oferece orientação e acolhimento a pessoas com diabetes em Americana

No primeiro encontro, participaram 16 pessoas, número que deve crescer com os convites feitos pelos agentes comunitários de saúde
Por
Andressa Oliveira

Iniciativa da Estratégia Saúde da Família do Jardim Alvorada, começou esta semana os encontros do Grupo de Apoio e Educação em Diabetes, em Americana. A ação, conduzida pela nutricionista Renata Tim, tem como objetivo principal oferecer informação, apoio emocional e estratégias práticas para o controle da doença.

No primeiro encontro, participaram 16 pessoas, número que deve crescer com os convites feitos pelos agentes comunitários de saúde. 

Segundo Renata, a participação é aberta a todos os pacientes diagnosticados com diabetes, sem restrição de idade. “Tivemos no primeiro encontro 16 pessoas. Acredito que os agentes estão fazendo os convites. Não existe uma idade determinada para participar. Desde que tenha a doença, pode participar”, afirmou a nutricionista.

Durante a atividade, foram abordados temas como alimentação saudável, controle da glicemia e a diferença entre os tipos de diabetes. Renata explicou que o diabetes tipo 1, de origem autoimune, atinge geralmente crianças e adolescentes, enquanto o tipo 2 está relacionado a hábitos de vida, como sedentarismo e obesidade.

“O tipo 1 normalmente acomete crianças e adolescentes. Já o tipo 2 está associado ao estilo de vida inadequado. Uma pessoa sedentária, obesa, com resistência insulínica, pode desenvolver o tipo 2”, explicou.

A profissional também esclareceu mitos comuns sobre a alimentação de pessoas com diabetes. Entre os exemplos, mencionou o pão francês e o suco de laranja, alimentos populares que, se consumidos sem equilíbrio, podem afetar negativamente a glicemia. “Não existe um alimento que não possa ser consumido. O que precisamos é ter controle e usar estratégias. Por exemplo, o pão francês pode ser combinado com proteínas e gorduras boas, como ovo mexido, queijo, frango desfiado ou abacate. Isso reduz o impacto glicêmico”, orientou a nutricionista.

Outro ponto importante discutido, foi o consumo de bebidas. Renata alertou que, apesar da crença de que sucos naturais são mais saudáveis, eles podem causar elevações acentuadas da glicemia. “O refrigerante zero não tem açúcar e, portanto, não tem impacto na glicemia. Já o suco de laranja, por conter várias frutas e pouca fibra, eleva rapidamente o açúcar no sangue. Nesses casos, uma alternativa pode ser água com gás ou até o refrigerante zero”, completou.

Além da alimentação, o grupo também recebeu orientações sobre o uso correto da insulina e cuidados com seu armazenamento. “Muitas pessoas guardam a insulina na porta da geladeira, o que não é o ideal. Isso compromete sua eficácia. A insulina é uma proteína sensível à temperatura. Também orientamos sobre o tamanho correto das agulhas, conforme o IMC do paciente. Tudo isso será tratado ao longo do curso”, disse Renata.

Com mais de 13 milhões de brasileiros convivendo com diabetes, segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, ações como essa são fundamentais para promover um cuidado mais humanizado e eficiente.

Os encontros do Grupo de Apoio acontecem quinzenalmente, com programação prevista até 22 de agosto. 

A participação é gratuita e aberta à comunidade, reforçando o compromisso da unidade com a promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida dos usuários.

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