Um grupo formado por 10 candidatas derrotadas no último domingo na eleição para o Conselho Tutelar de Americana protocolou nesta terça-feira (8), na prefeitura, um pedido de anulação da votação. Elas alegam supostas irregularidades na votação, além de condutas ilegais por parte de três candidatos durante a campanha.
Sobre a eleição em si, elas apontam que teria ocorrido a votação de algumas pessoas em mais de uma seção eleitoral, a existência de votos sem a devida validação pela mesa eleitoral e colocam a urna instalada no bairro Antonio Zanaga sob suspeita.
“O boom de eleitores (as) no CIEP do bairro Antonio Zanaga às vésperas do fechamento dos portões ocasionou o atraso do início da apuração em duas horas”, diz nota encaminhada à reportagem.
O grupo aponta, também, condutas supostamente irregulares por parte de três candidatos eleitos, que não tiveram os nomes divulgados. “Tais candidaturas obtiveram vantagens em relação às demais, tendo em vista os indícios de que se valeram de propagandas vedadas, como publicação em jornal da cidade e publicações patrocinadas no Facebook, bem como de campanha explícita por parte de vereador da cidade, através do aplicativo WhatsApp, e por parte de entidades religiosas, diretamente ou por meio de instituições sociais por elas geridas”, diz o documento apresentado à administração.
As candidatas pedem a abertura de uma investigação sobre o caso.
A reportagem solicitou um posicionamento sobre a denúncia por parte do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança) à assessoria de imprensa da Prefeitura de Americana e foi informada de deveria procurar o presidente do órgão, Antonio Dias da Fonseca. As ligações para o celular dele, no entanto, não foram respondidas ontem.
OS ELEITOS
Na eleição popular do último domingo, foram eleitos Rodrigo Miletta Sousa da Rocha (880 votos); Marcia Adriana Cesareto Borges (669); Jair Calixto de Sena (662); Pedro Aparecido Gatti (519) e Osmar Gonçalo Périco (512).
Dezoito candidatos disputaram as cinco vagas e dois nomes foram eleitos pela primeira vez: Marcia e Jair.
Na segunda-feira, o presidente do CMDCA, Antonio Dias da Fonseca, disse que a eleição transcorreu “sem incidentes”, porém foram constatados casos de transporte de eleitor e boca de urna, que foram coibidos e as pessoas envolvidas advertidas.
Por Walter Duarte