sexta-feira, 26 abril 2024

Guarda candidato diz desconhecer motivação de atentado a tiros

Alvo de atentado a tiros, o guarda municipal Ednelson William Peixoto, 38, candidato a vereador pelo PSB, disse que desconhece a motivação da tentativa de homicídio. Afirmou, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (13), que não sabe se a tentativa de homicídio contra ele está relacionada à sua atuação como comandante da Romu (Ronda Ostensiva Municipal) da Guarda de Sumaré ou se tem ligação com a campanha política.

Mesmo dois dias após os fatos, ele ainda estava com dor na região da barriga. Ele mostrou a região do abdômen, que estava com uma mancha arredondada arroxeada e amarelada acima do umbigo, provocada pelo impacto de um projétil calibre 32 com o colete à prova de balas que ele usava no dia do crime, na Rua Adolfo Berto de Oliveira, no Jardim Santa Maria, em Sumaré. O crime ocorreu às 21h30 desta quarta-feira (11).

Ele relatou que já prestou depoimento à Polícia Civil. Peixoto informou aos policiais o trajeto que fez no dia do atentado. Explicou que reduziu a velocidade do veículo Corolla prata que dirigia para passar em uma lombada, quando ouviu disparos na sua direção e viu uma moto se aproximar. Ele só conseguiu ver que era uma moto escura com dois ocupantes.

Então, parou o veículo, se posicionou na rua e efetuou disparos contra os ocupantes da moto. Foi quando os disparos em sua direção pararam. “Senti minha barriga queimando”, relatou. Foi então que percebeu que um tiro havia acertado seu colete. Então, pediu para sua mulher, Dyana Peixoto, que o acompanhava, para assumir o volante do carro. Após o ataque, a mulher do patrulheiro assumiu o volante e seguiu até o condomínio, onde pediu ajuda.

Guardas municipais foram acionados para atender a ocorrência e encontraram a vítima deitada no chão com a arma em cima do peito gemendo de dor, menciona o boletim de ocorrência. Depois a vítima foi conduzida para atendimento médico.

“É difícil de dizer”, comentou, a ser questionado se o crime teve motivação política. Mencionou que não sabe dizer se o atentado teve ligação com seu trabalho ou não. Ele disse que não estava recebendo ameaças, mas que teve um episódio no último dia primeiro de novembro em que pessoas de um condomínio jogaram rojões na direção de patrulheiros. Além disso, já prendeu muitos bandidos ao longo dos 11 anos de profissão e acredita que metade daqueles estejam soltos.

Além do que, mencionou, está fazendo uma “campanha agressiva” na região do Picerno e Praça do Sol. A principal plataforma dele é o combate à perturbação do sossego público e aos pancadões ou bailes funks. Até por conta disso ele e sua equipe resolveram que fariam a campanha sempre de colete à prova de balas. “Seria mais seguro fazer com colete”, mencionou.

Segundo o patrulheiro, os policiais civis do 3º Distrito Policial, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana e agentes da Guarda e da Polícia Militar estão trabalhando em parceria para tentar identificar os autores do atentado.

Em 11 anos de profissão, Ednelson já participou de muitos tiroteios, mas nunca havia sido atingido antes, relatou. A esposa dele ficou traumatizada com o episódio, porque nunca havia passado por tal situação, contou. Um tiro acertou o colete à prova de balas da vítima.

O carro do patrulheiro apresentava duas perfurações no para-choque traseiro do lado esquerdo, o lado do motorista.

CANCELADO

Por causa do ocorrido, ele cancelou os últimos compromissos de campanha, inclusive uma carreata que estava programada para este sábado (14), véspera das eleições municipais, até mesmo por questões de seguranças. Pretendia intensificar a campanha pelas redes sociais.

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