sexta-feira, 22 novembro 2024

Guarda denuncia golpe de extorsão por WhatsApp

Um guarda municipal de Americana foi vítima de uma nova modalidade de golpe aplicado pelo aplicativo de mensagens WhatsApp. Os golpistas usam indevidamente o nome de um delegado aposentado de Santa Catarina para extorquir as vítimas dizendo que são alvos de investigação de pedofilia.

O patrulheiro contatou o delegado verdadeiro, que informou que seu nome está sendo usado indevidamente para aplicar este tipo de golpe nos estados do Sul e, agora, no Estado de São Paulo.

O bairro onde reside o guarda não será divulgado por questões de segurança. O guarda municipal R.A.A., 45, relatou em boletim de ocorrência que recebeu mensagens no seu telefone às 8h27 desta segunda-feira (19).

O interlocutor se identificava como delegado de polícia que estaria com a mãe de uma suposta menor e que teriam provas como conversas, fotos e áudios com conteúdo sexual trocados entre a vítima e a menor. O estelionatário, até então, não sabia que conversava com um guarda. O golpista disse que o agente seria acusado do crime de pedofilia.

Para passar uma imagem de credibilidade, o estelionatário ainda mencionou as penas do suposto crime. Ainda enviou imagem da suposta carteira de identidade funcional do delegado de polícia do Rio Grande do Sul, em nome de R.S. O contato foi interrompido.

Como é guarda municipal, a vítima efetuou buscas nas redes sociais e localizou o verdadeiro delegado. Em novas conversas, o guarda percebeu que a intenção era solicitar dinheiro para que as supostas imagens não fossem divulgadas. Ao descobrir o esquema criminoso, o guarda se identificou como agente de segurança público e, então, os golpistas pararam de manter contato com o patrulheiro.

CONTATO

A vítima ainda fez contato com o verdadeiro delegado de polícia, que é aposentado, residente em Santa Catarina. O delegado disse ao patrulheiro que estão usando seu nome indevidamente para praticar golpes nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e, agora, para sua surpresa, também em São Paulo.

O patrulheiro mencionou no boletim de ocorrência, registrado na CPJ (Central de Polícia Judiciária) em Americana, que resolveu formalizar a denúncia por temer pela utilização indevida de sua imagem.

Ele ainda fez cópia de todo o conteúdo trocado com os bandidos e com o delegado verdadeiro, para a polícia fazer as investigações e tentar chegar aos estelionatários.

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