Um guarda municipal de Americana foi vítima de uma nova modalidade de golpe aplicado pelo aplicativo de mensagens WhatsApp. Os golpistas usam indevidamente o nome de um delegado aposentado de Santa Catarina para extorquir as vítimas dizendo que são alvos de investigação de pedofilia.
O patrulheiro contatou o delegado verdadeiro, que informou que seu nome está sendo usado indevidamente para aplicar este tipo de golpe nos estados do Sul e, agora, no Estado de São Paulo.
O bairro onde reside o guarda não será divulgado por questões de segurança. O guarda municipal R.A.A., 45, relatou em boletim de ocorrência que recebeu mensagens no seu telefone às 8h27 desta segunda-feira (19).
O interlocutor se identificava como delegado de polícia que estaria com a mãe de uma suposta menor e que teriam provas como conversas, fotos e áudios com conteúdo sexual trocados entre a vítima e a menor. O estelionatário, até então, não sabia que conversava com um guarda. O golpista disse que o agente seria acusado do crime de pedofilia.
Para passar uma imagem de credibilidade, o estelionatário ainda mencionou as penas do suposto crime. Ainda enviou imagem da suposta carteira de identidade funcional do delegado de polícia do Rio Grande do Sul, em nome de R.S. O contato foi interrompido.
Como é guarda municipal, a vítima efetuou buscas nas redes sociais e localizou o verdadeiro delegado. Em novas conversas, o guarda percebeu que a intenção era solicitar dinheiro para que as supostas imagens não fossem divulgadas. Ao descobrir o esquema criminoso, o guarda se identificou como agente de segurança público e, então, os golpistas pararam de manter contato com o patrulheiro.
CONTATO
A vítima ainda fez contato com o verdadeiro delegado de polícia, que é aposentado, residente em Santa Catarina. O delegado disse ao patrulheiro que estão usando seu nome indevidamente para praticar golpes nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e, agora, para sua surpresa, também em São Paulo.
O patrulheiro mencionou no boletim de ocorrência, registrado na CPJ (Central de Polícia Judiciária) em Americana, que resolveu formalizar a denúncia por temer pela utilização indevida de sua imagem.
Ele ainda fez cópia de todo o conteúdo trocado com os bandidos e com o delegado verdadeiro, para a polícia fazer as investigações e tentar chegar aos estelionatários.