quinta-feira, 25 abril 2024

Gustavo Godoy se entrega para a polícia em Campinas

O empresário Gustavo Khattar Godoy se entregou espontaneamente, agora de manhã, por volta de 9 horas à polícia, no 2º Distrito Policial, em Campinas. Ele era considerado foragido, já que foi o único que não foi preso na 3ª fase da Operação Spectrum, que investiga denúncias de desvios de verbas do Hospital Ouro Verde, na quinta- feira (22), que já chegam a R$ 7 milhões.

O advogado de Godoy, Ralph Tórtima Stettinger Filho, explicou que Gustavo não se entregou na quinta-feira, porque estava fora de Campinas, “e depois, porque aguardava que o Gaeco agendasse dia, local e horário para sua prisão”, conforme petição impetrada na sexta-feira à noite, pela sua defesa na Justiça.

“Como não obtivemos resposta do Gaeco referente ao agendamento da apresentação do Gustavo, hoje cedo, ele se apresentou espontaneamente. Gustavo está à disposição para ajudar nas investigações e nega as irregularidades que estão sendo imputadas a ele”, afirmou Tórtima a reportagem do TODODIA.

Godoy é filho de Sylvino Godoy, dono da RAC – conglomerado de comunicação que inclui os jornais Correio Popular, Notícias Já, Gazeta de Piracicaba e o Instituto Datacorp de pesquisas, e que também foi preso na Operação. Mas, por ter passado mal na hora que a Polícia Federal estava na sua para cumprir o mandando de prisão, ele teve que ser internado no hospital da PUCC com problemas cardíacos.

Sobre Sylvino, o advogado esclareceu que o empresário continua na UTI do hospital da PUCC em observação e seu estado é estável. Ele havia passado por uma cirurgia cardíaca,no dia 19 de novembro. Ainda não há previsão de alta, ou se o empresário terá que ser operado novamente.

Tórtima disse também, que até agora nenhum dos dois habeas corpus impetrados pela defesa da família Godoy foi apreciado pela Justiça. “Estamos no aguardo”, declarou.

Gustavo, que era coordenador do serviço de radiologia do Hospital Ouro Verde, é acusado pelo Ministério Público de superfaturar os valores cobrados da Prefeitura. Segundo a denúncia, ele “quarteirizava” os exames radiológicos e recebia salários considerados acima do valor de mercado.

Na 3ª fase da Operação, também foram presos na quinta-feira, o ex-secretário de Assuntos Jurídicos de Campinas, e braço direito do prefeito Jonas Donizette, Sílvio Bernardin; Danilo Silveira, dono do laboratório de análises clínicas; Thiago Neves, diretor da Vitale, empresa que administrava o Ouro Verde; Alcir Fernandes Pereira, contador da Vitale; Felipe Brás, dono da Greenlav; e João Carlos da Silva Júnior, lobista.

 

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