sábado, 11 janeiro 2025
HORTOLÂNDIA 33 ANOS

De Jacuba a Hortolândia: “Construindo uma Vida Melhor!”

História do município é marcada pela luta por demandas sociais em prol da localidade 
Por
Redação

1799 – Carta de Sesmarias a Ignacio Caetano: O território de Hortolândia é mencionado pela primeira vez em 20 de abril, na chamada “Carta de Sesmarias a Ignacio Caetano Leme e outros”. O documento público é considerado a primeira referência à área, com a menção ao “Ribeyrão do Engano” (possivelmente o Ribeirão Jacuba) que faz divisa com terras cedidas a Joaquim José Teixeira, a oeste da Villa de São Carlos (atual Campinas).
 
Meados do Século XIX – Bairro Rural Terra Preta: a comunidade formada por tropeiros e viajantes, também conhecida como Quilombo, ganha o nome pelo solo rico em carvão mineral.
 
1877/1875 – Bairro Rural de Jacuba: nos vales e várzeas do bairro Terra Preta começa a se formar o bairro rural de Jacuba, principalmente após a abertura de caminhos ferroviários, a oeste de Campinas, pela Cia. Paulista de Estradas de Ferro. O bairro rural de “Jacuba” faz alusão ao prato típico de tropeiros e roceiros de mesmo nome, preparado à base de farinha de mandioca ou milho, água, mel, açúcar ou cachaça.
 
1896 – Posto Telegráfico: Em 26 de agosto é inaugurado o Posto Telegráfico de Jacuba, pela Companhia Paulista, reflexo da expansão da linha férrea até a então Villa de São João do Rio Claro (atual Rio Claro).
 
1917 – Estação Ferroviária Jacuba: Em 1º de abril é inaugurada a estação ferroviária. Desde 1910, a administração de Campinas já autorizava a abertura de loteamentos urbanos. Nesse período, o bairro rural começou a ganhar contornos de localidade suburbana, entre Campinas, Rebouças (atual Sumaré) e Monte Mor.

1930 – A “Santinha de Jacuba”: Entre os meses de abril e maio deste ano, o bairro rural de Jacuba foi pela primeira vez destaque na Grande Imprensa do Eixo RJ-SP, com notícia espetacularizada sobre existência de uma menina, chamada Maria Appolonia, de 12 anos, supostamente dada à realização de milagras, por meio da intercessão de N. Sra. Aparecida. Foi retirada por um ano do pátrio poder pela Vara de Menores, e internada em colégio de freiras em Campinas, até que o processo movido contra seu pai, Miguel Felicetti, fosse anulado, podendo assim retornar à casa.
 
1947 – Parque Ortolândia: O empreendedor campineiro João Ortolan é autorizado por Campinas a abrir o loteamento Parque Ortolândia. Nos anos seguintes, são abertos os loteamentos Remanso Campineiro, Vila Real e Vila São Francisco por outros empreendedores; dentre os quais, Juvenal de Sousa Pinto, proprietário da extinta “Cerâmica Sumaré” (1948-2004).
 


1949 – Educandário Adventista Campineiro: atual Instituto Adventista São Paulo (IASP), a instituição confessional e educacional foi inaugurada em terras vendidas, a preços módicos, por João Ortolan.
 
1953 – Distrito de Hortolândia: Em 30 de dezembro é sancionada a Lei Estadual nº 2.456/1953, que cria o Distrito de Hortolândia, dentro do Município de Sumaré, também elevado a esta condição nesta data. O topônimo “Hortolândia” adveio de uma deliberação da Comissão Administrativa e Judiciária da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para adotá-lo, ao invés de “Ortolândia”. À época, o distrito possuía 649 habitantes e 139 imóveis residenciais, além de outros 159 edifícios diversos.
 
1975 – Associação dos Moradores de Hortolândia: Durante o período de regime civil-militar, é formada a AMH (Associação dos Moradores de Hortolândia). O grupo, formado por residentes do Distrito de Hortolândia, inclusive vereadores de Sumaré representantes de Hortolândia, já promovia discussões sobre o reconhecimento do processo de emancipação político-administrativo, buscando soluções para as demandas locais e regionais.
 
1988 – Constituição Cidadã: Com o fim do regime cívico-militar e a promulgação da nova constituição, as movimentações políticas pela emancipação de Hortolândia passam a ter ainda mais força.
 
1991 – Plebiscito de emancipação: O Tribunal Regional Eleitoral realiza no dia 19 de maio um plebiscito entre os eleitores do então distrito de Hortolândia para escolha pela emancipação. Com 97,4% dos votos favoráveis (19.592 eleitores), a criação do município é aprovada. Em 30 de dezembro do mesmo ano, é sancionada a lei estadual nº 7.664/1991, elevando Hortolândia à condição de Município.
 
1993 – Posse do 1º prefeito: No dia 1º de janeiro, Luís Antonio Dias da Silva toma posse como primeiro prefeito eleito em Hortolândia, após vencer as eleições municipais realizadas em outubro de 1992. Ainda em neste ano, é criada pela lei municipal a Bandeira Oficial do Município de Hortolândia, em cujo Brasão se destaca o lema: “Construindo uma Vida Melhor!”.

2024: Emancipação há 33 anos: Com população estimada em 236.641 pessoas, de acordo com o levantamento mais recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Hortolândia se consolida como a 5ª cidade mais populosa da Região Metropolitana de Campinas, com um Produto Interno Bruto avaliado em R$ 77.357,50, e está entre as 60 cidades mais ricas do estado.

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também