sexta-feira, 10 janeiro 2025
SAÚDE PÚBLICA

Hortolândia entra em estado de emergência por alto risco de incêndio, avisa Defesa Civil de São Paulo

Previsão para toda a região vale até esta sexta-feira (23/08), segundo boletim Meteorológico da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil
Por
Redação
Foto: Divulgação

Pelo menos até esta sexta-feira (23), Hortolândia estará em estado de emergência, o mais alto índice da escala, por risco de incêndio elevado em toda a região. O fenômeno acontece em razão da baixa umidade relativa do ar no interior do Estado de São Paulo. O aviso da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil foi publicado no Boletim Meteorológico do Núcleo de Gerenciamento de Emergências desta segunda-feira (19) à noite.

“Para o período entre segunda-feira (19) e sexta-feira (23), os dias serão marcados pelo risco de incêndio elevado, devido a baixa umidade relativa do ar para o interior do Estado de São Paulo. Já no sábado (24), a passagem de uma frente fria, criará uma maior oferta de água na atmosfera, o que deixará o risco para incêndios mais baixo”, informa o documento.

Ainda de acordo com o boletim, neste período, os dias serão de sol entre poucas nuvens, o que produzirá sensação de calor e abafado, com temperaturas máximas superando os 30°C – 31°C na quarta (21/08), 32°C na terça (20/08), quinta (22/08) e sexta (23/08) e 34°C no sábado (24/08). Nesta terça-feira (20/08), medições do Ciagro (Centro integrado de informações agrometeorológicas) mostram a URA de Hortolândia variando entre 61,6% às 6h e 28,7% às 12h.

A Prefeitura está atenta aos informes e tem adotado medidas para evitar queimadas e focos de incêndio. Em junho passado, a Administração Municipal aderiu à “Operação São Paulo Sem Fogo 2024” e faz um cuidadoso acompanhamento da qualidade do ar, por meio da Defesa Civil Municipal. É que o tempo seco favorece o surgimento de ocorrências assim, que agridem a natureza e afetam a saúde das pessoas, sobretudo quando a URA (Umidade Relativa do Ar) cai muito.

A URA é um índice que diz respeito ao “quanto de água na forma de vapor existe na atmosfera no momento em relação ao total máximo que poderia existir, na temperatura observada. A umidade do ar é mais baixa principalmente no final do inverno e início da primavera, no período da tarde, entre 12 e 16 horas. A umidade fica mais alta: sempre que chove devido à evaporação que ocorre posteriormente, em áreas florestadas ou próximas aos rios ou represa, quando a temperatura diminui (orvalho)”, informa, em seu site oficial, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da cidade de São Paulo.

Risco à saúde

Segundo alerta a Secretaria de Segurança, à qual está vinculada a Defesa Civil Municipal, a falta de chuvas e a baixa umidade do ar podem desencadear diversos problemas que afetam o meio ambiente e a saúde das pessoas. Dente eles estão: complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas; sangramento pelo nariz; ressecamento da pele; irritação dos olhos; eletricidade estática em pessoas e equipamentos eletrônicos e aumento do potencial de incêndios em pastagens e florestas.

Fiscalização atenta

Durante a “Operação São Paulo Sem Fogo 2024”, que vai pelo menos até setembro, a fiscalização ambiental é intensificada. No município, a prática de queimadas é crime e como tal sujeita a penalidades e multas, conforme está previsto nas Leis Municipais nº 2.464, de 16/09/2010; 3.153, de 04/09/2015 e 3.641, de 13/06/2019.

A população pode ajudar denunciando pelo número 193, do Corpo de Bombeiros, ou pelo aplicativo Agenda Verde, que pode ser baixado no celular, a partir das plataformas Google Play ou App Store. A identidade do denunciante é mantida em sigilo.

Confira os estados a partir da medição da URA:

Até 30% – Estado de Observação

Entre 30 e 20% – Estado de Atenção
•Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas;
•Umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins etc;
•Sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas etc;
•Consumir água à vontade.

Entre 20 e 12% – Estado de Alerta
•Observar as recomendações do estado de atenção;
•Suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas;
•Usar soro fisiológico para olhos e narinas.

Abaixo de 12% – Estado de emergência
•Emissão de Alerta e acionamento do Plano de Ação;
•Observar as recomendações para os estados de atenção e de alerta;
•Determinar a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre 10 e 16 horas como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondência etc;
•Durante as tardes, manter com umidade os ambientes internos, principalmente quarto de crianças, hospitais etc.

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