domingo, 26 outubro 2025

Para conscientização da doença celíaca, Hortolândia cria “Maio Verde”

No Brasil estima-se 2 milhões de celíacos, de acordo com a Federação Nacional das Associações de Celíacos

Por Jaqueline Durões

Foto: Divulgação/ Hospital São Vicente de São Paulo

As campanhas de conscientização de saúde têm como propósito cuidados com a saúde primária, promovendo o bem-estar das pessoas, como os hábitos de vida mais saudáveis e prevenir doenças.

Pensando nisso, a da vereadora Marciêne Rego Pessoa Campos de Albuquerque (REDE), criou um Projeto de Lei para conscientizar sobre a doença celíaca. A proposta foi aprovada pelos vereadores na sessão ordinária da última quarta-feira (03) na Câmara Municipal de Hortolândia, mas ainda precisa passar pela análise do prefeito Zezé Gomes para entrar em vigor.

A vereadora Marciêne, justificou em seu projeto o seguinte; “A doença celíaca é uma doença autoimune que consiste numa reação imunológica do organismo, que é desencadeada pela ingestão do glúten, proteína presente no trigo, cevada e centeio. Essa reação libera anticorpos que atacam células sadias, culminando em um processo inflamatório na parede interna do intestino delgado. Com o passar do tempo, a inflamação causada quando da ingestão de alimentos que contenham glúten atrofia as vilocidades intestinais, que são responsáveis pela absorção dos nutrientes dos alimentos ingeridos, causando inúmeras complicações na saúde do paciente”.

O Projeto de Lei nº 16/2023 estabelece o Maio Verde dedicado à conscientização, realização de ações de saúde e apoio às pessoas com doença celíaca através da promoção de campanhas, seminários e palestras educativas, conscientizando a população sobre a importância do diagnóstico precoce da doença.

A Fenacelbra (Federação Nacional das Associações de Celíacos no Brasil), estima-se mais de 2 milhões de brasileiros que sofrem com sintomas da doença celíaca, no entanto, em razão de ser uma doença subdiagnosticada, a maioria das pessoas não sabe que a possui. Por isso a importância da realização de campanha de conscientização para a população sobre os sintomas e tratamentos.

Os sintomas, em geral, aparecem entre os seis meses e dois anos e meio de vida. Porém, isso não é regra. Portadores da doença podem manifestar os seguintes sintomas na fase adulta; diarreia ou prisão de ventre crônica, dor abdominal, inchaço na barriga, danos à parede intestinal, falta de apetite, baixa absorção de nutrientes, osteoporose, anemia e perda de peso e desnutrição.

O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações e o principal tratamento é a dieta com total ausência de glúten; quando a proteína é excluída da alimentação os sintomas desaparecem. A maior dificuldade para os portadores da doença é conviver com as restrições impostas pelos novos hábitos alimentares. A doença celíaca não tem cura, por tanto, a dieta deve ser seguida rigorosamente pele resto da vida. É importante que os celíacos fiquem atentos à possibilidade de desenvolver câncer de intestino e a ter problemas de infertilidade.

“O único ‘remédio’ existente para a doença celíaca é a dieta sem glúten, pois ao deixar de consumir alimentos com glúten, o intestino deixa de sofrer inflamações e o celíaco consegue ter uma vida saudável e livre de desconfortos”, pautou a autora do projeto.

Imagem: Divulgação / Câmara Municipal de Hortolândia
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