
O Hospital de Clínicas (HC) de Campinas e os HCs de São Paulo e Ribeirão Preto recebem, a partir desta sexta-feira (3), 2 mil novas ampolas de álcool etílico absoluto para o tratamento de pacientes com intoxicação por metanol. A aquisição foi realizada pela Secretaria de Estado da Saúde, e é destinada aos centros de referência estaduais.
Cenário atual
Segundo a Secretaria da Saúde, o Estado já confirmou, até esta quinta (2), 11 casos de intoxicação por metanol, incluindo um óbito confirmado. Além desse reforço, os serviços de referência já possuíam 500 unidades em estoque, assegurando a manutenção de uma reserva adequada para atender necessidades assistenciais.
“As primeiras horas após a ingestão de bebida alcoólica contaminada são decisivas para salvar vidas e o Estado de São Paulo está preparado com estoque do antídoto contra intoxicação por metanol”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva.
Medidas
Conforme nota técnica do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo, compartilhada com os 645 municípios e equipamentos de saúde, para obtenção de ampolas de álcool etílico absoluto, os serviços de saúde devem entrar em contato com os centros de referência com cópia da ficha de notificação do caso relacionado ao consumo de metanol.
Além do antídoto, a rede estadual reforçou a estrutura laboratorial para confirmar a presença da substância no organismo. O novo protocolo do Estado prevê que as amostras de sangue ou urina coletadas em casos suspeitos sejam analisadas em até uma hora pelo Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (LATOF) do Departamento de Química da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, por meio de cromatografia gasosa, método considerado padrão ouro para detecção de metanol. A coleta é feita nas unidades de saúde e o Instituto Adolfo Lutz coordena a logística de transporte das amostras até o laboratório.