domingo, 8 setembro 2024

Investimentos na região de Campinas aumentam 54%

Estudo do Observatório da PUC aponta retomada, com 40 novos empreendimentos confirmados em 2021

Dados | O economista Cristiano Monteiro, responsável pelo estudo do Observatório PUC (Foto: PUC-Campinas)

Os investimentos na região de Campinas cresceram 54% em 2021. O número de projetos passou de 26, em 2020, para 40 no ano passado, segundo estudo divulgado pelo Observatório PUC-Campinas. Segundo a análise, cerca de R$ 3,7 bilhões foram investidos no ano, um aumento expressivo que reflete a recuperação da economia em meio à pandemia de Covid-19, especialmente em atividades de alto valor econômico, como serviços intensivos em tecnologias.

Dos 40 investimentos confirmados – montante que coloca a Região Administrativa de Campinas na segunda posição do estado neste quesito, atrás apenas da Região Metropolitana de São Paulo -, dez são ligados à indústria e 13 ao setor de serviços, sobretudo em atividades relativas a tecnologias da informação e da comunicação.

Segundo o Observatório PUC-Campinas, em anos anteriores, os investimentos vinham sendo feitos em serviços de baixo valor, como alimentação, o que culminava numa macroeconomia de empregos mais precários, de menor nível de renda.

Responsável pelo levantamento, o economista Cristiano Monteiro vinha reforçando, nos últimos relatórios, a necessidade de se investir em serviços especializados, como TI, ligados ao consumo das empresas para efeitos de inovação tecnológica e desempenho corporativo. A situação, que se concretizou nos investimentos de 2021, é benéfica, segundo ele, à dinâmica socioeconômica da região.

“Interessante notar que o fluxo de investimentos demonstrou densidade nas atividades de alto valor, como indústria de máquinas e equipamentos e indústria farmacêutica, bem como serviços de pesquisa e desenvolvimento, especialmente na construção de centros tecnológicos digitais. Os dispêndios em tais atividades costumam trazer impactos positivos ao produto, ao emprego e à renda na região e no país”, afirma Monteiro.

DISCREPÂNCIA
Em relação à Região Administrativa de São José do Rio Preto, que ocupou a terceira posição do Estado em números absolutos de investimentos, a Região de Campinas apresentou valor investido quase quatro vezes superior. A discrepância demonstra a diferença das aplicações em cada região. Enquanto a Região de São José do Rio Preto teve seus investimentos direcionados aos serviços de alimentação, por exemplo, a de Campinas teve recursos destinados a atividades de alto valor.

“Foram investimentos feitos em centros de tecnologias, laboratórios de atividades digitais e expansão de startups, ou seja, em segmentos conectados ao estratégico da revolução digital que vive o país e o mundo”, concluiu.

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