Com a chegada da Semana Santa, aumenta a circulação de produtos típicos da data, como os ovos de chocolate. O alto volume de ofertas exige atenção redobrada dos consumidores, especialmente em relação à rotulagem, ao peso dos produtos e à presença de brindes nas embalagens.
Um dos principais pontos de atenção são os ovos de chocolate que acompanham brinquedos. De acordo com a legislação, a embalagem deve conter a frase: “Atenção: contém brinquedo certificado no âmbito do Sistema Brasileiro da Avaliação da Conformidade”, além da indicação da faixa etária recomendada. Essas informações garantem que o item foi testado e não apresenta riscos à saúde.
Outro aspecto importante é o peso do produto. A orientação é que o consumidor não se baseie apenas na numeração do ovo, pois essa variação depende do fabricante e não indica necessariamente o tamanho real. O ideal é conferir o peso líquido, que deve estar claro na embalagem.
“É essencial que o consumidor preste atenção no peso líquido do produto, que representa apenas o chocolate, sem embalagens, brinquedos ou outros itens”, explica Pedro Rueda, fiscal do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem). Ele também alerta para a importância de verificar a data de validade antes da compra, sobretudo em produtos sazonais, que podem ficar armazenados por longos períodos.
A preocupação com a rotulagem também se estende aos ovos artesanais, cada vez mais populares entre consumidores que buscam sabores personalizados e produções mais caseiras. Para a confeiteira Mirian Cardoso dos Santos, a Páscoa é o período mais esperado do ano. “Essa é a data que os confeiteiros mais esperam. Vendemos muito, é a sazonalidade que mais traz pedidos”, afirma Mirian.
Segundo ela, vender um produto artesanal não exclui a responsabilidade com o consumidor — é necessário ter cuidado com a produção e os ingredientes utilizados. O fiscal do Ipem reforça: “O ovo caseiro precisa ser comercializado com as mesmas especificações daquele que é vendido no supermercado. É necessário indicar a quantidade de gramas na embalagem, e não apenas vender por unidade”, conclui a confeiteira.
