quinta-feira, 25 abril 2024

Jovem busca apoio para recuperação

Thalita Romão faz campanha de arrecadação para cobrir o tratamento de enfermidade rara, a Doença de Crohn 

Thalita |Custos com a compra de remédios e fraldas (Foto: Thalita Romão)

Desde os 15 anos, a jovem Thalita Romão enfrenta uma doença rara que a colocou em uma mesa de cirurgia por mais de 10 vezes e já até a levou ao coma. Hoje, aos 21, ela se recupera da última intervenção cirúrgica, realizada em janeiro, mas tem enfrentado dificuldades financeiras para custear medicamentos e insumos. Por isso, com o incentivo de amigos e familiares, lançou uma vaquinha virtual para arrecadar doações com a meta de R$ 14,5 mil.

Moradora do Parque das Nações, em Americana, Thalita reside com os pais e dois irmãos mais novos. A mãe também tem a saúde debilitada, mas é quem cuida dela, enquanto o pai trabalha fora. Mesmo com convênio médico e apoio do SUS (Sistema Único de Saúde), a família tem enfrentado dificuldades para custear a alimentação, medicamentos e materiais necessários para o tratamento.
Thalita sofre da Doença de Crohn, uma enfermidade inflamatória que ataca o trato gastrointestinal e que não tem cura, apenas tratamentos para conter os sintomas.
A jovem americanense relatou que já tentou todos os medicamentos possíveis, mas seu corpo não reagiu de acordo e foi necessário, como medida drástica e urgente, fazer uma cirurgia para remover o intestino grosso, o ânus e o reto.

REMÉDIOS CAROS

“Tomei todos os imunobiológicos que existem, são remédios bem caros, tomei injeções de R$ 30 mil, mas meu corpo não respondia. Desde o ano passado, eu não respondia mais a nenhuma tratamento, tentamos algumas cirurgias, medicamentos, fomos trocando, quando viu que não dava mais, o médico falou que teria que operar”, relatou Thalita.

A jovem explicou que, quando se recuperar da cirurgia, conseguirá ter uma vida normal, ainda que com a colostomia. Entretanto, o caminho até lá ainda tem alguns percalços, já que, além da Doença de Crohn, ela também foi diagnosticada com distonia, um distúrbio neurológico que provoca contrações musculares e, no caso dela, muita dor.

“A arrecadação é para cobrir custos de fraldas, medicações para a inflamação e para as dores. Eu tomo Tramal a cada 4 horas, porque é uma dor muito intensa, e é um remédio forte e caro. Tem algumas coisas que o convênio e o SUS não cobrem. E só meu pai trabalha, não ganha muito, e boa parte vai com remédios”, afirmou.

“Então, a gente vive de cesta básica. Há um tempo, a gente não tem condição de fazer compra”, completou Thalita. Diante dessas dificuldades, ela lançou uma arrecadação por meio do site http://vaka.me/1976671 para receber doações em dinheiro. A jovem também disponibiliza, no link, o Pix para doações diretamente para a conta bancária da família.
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