sábado, 20 abril 2024

Jovem que atropelou ciclistas pega quatro anos de prisão

O Tribunal do Júri de Limeira condenou nesta quinta-feira (31), a quatro anos e três meses de prisão, o técnico em informática Hyoran Gabriel Alves de Oliveira, de 21 anos, pela morte dos ciclistas Diogo de Faria e Márcio José Bechis. Bêbado e sem habilitação, ele atropelou os dois moradores da região na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) em julho de 2017.

Hyoran mora em Itu e participou de uma festa em Americana na noite anterior ao acidente, onde consumiu bebida alcoólica. Após dormir por quatro horas, pegou o carro para voltar para casa. No julgamento, ele afirmou ter tido um “apagão” e só retomou a consciência dentro da ambulância que o socorreu. Márcio e Diogo estavam no acostamento quando foram atingidos, pelas costas, pelo GM Corsa dirigido pelo jovem.

Ele foi julgado por homicídio simples, com “dolo eventual” – expressão jurídica para quem, mesmo sem intenção de cometer um crime, assume o risco de obter o seu resultado – mas teve a conduta desclassificada pelos jurados para homicídio culposo na direção de veículo. A própria promotoria pediu que ele fosse condenado pelo crime de trânsito, que tem penas menores.

O regime fixado para o início do cumprimento da pena é o semiaberto. O jovem também teve o direito de tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspenso por dois anos. A defesa dele vai recorrer da decisão, pedindo que ele cumpra o restante da condenação em regime aberto.

“Do ponto de vista dos fatos a sentença (desclassificação) é justa. Era o que nós defendíamos. Mas o juiz deveria ter feito detração penal. Vamos fazer o recurso para mudar o regime”, afirmou o advogado Mauro Atui Neto. A detração é um desconto, na pena, do tempo de prisão provisório a que o réu foi submetido antes do julgamento. No caso de Hyoran, esse período foi de um ano e nove meses.

Vítimas – Diogo Faria era dono de uma imobiliária em Americana e Márcio Bechis era professor de educação física e morador de Nova Odessa. Os dois se conheceram na academia em que Márcio trabalhavam e começaram a pedalar juntos no dia do acidente.

Walter Duarte

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