O vereador Roberto Aparecido Meschiati, o Kiko (PRB), de Paulínia, pediu à Justiça para deixar a prisão para participar das sessões da Câmara Municipal, inclusive no período noturno. Mas o pedido foi negado por ser “inconveniente”.
O vereador está preso desde julho, mas não teve o mandato cassado. Ele e seu primo, Everson Marcos Meschiatti, tiveram um mandado de prisão expedido pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, em junho, e se entregaram em julho. Ambos foram condenados pelo TRF, no ano passado, a quatro anos e oito meses de reclusão, a serem cumpridos em regime semi-aberto, por utilizar dinheiro falso no comércio de Paulínia.
O vereador pedia autorização para saída temporária para trabalho externo, inclusive no período noturno, na Câmara. No entanto, o juiz Luiz Augusto Barrichello Neto apontou que o trabalho externo é inconveniente e dificulta a fiscalização e, por isso, indeferiu a solicitação. Ele salientou que as sessões ocorrem no período noturno, após o horário previsto para o recolhimento dos presos da unidade prisional.
ENTENDA O CASO
O vereador foi denunciado pelo MP (Ministério Público), acusado de utilizar cédulas falsas de R$ 50 no comércio da cidade, em maio de 2004.
De acordo com a denúncia do MP, o crime teria ocorrido na Avenida José Paulino e foi flagrado por policiais militares, após denúncia de dois comerciantes que teriam recebido dinheiro falso.