
O interesse dos jovens pela economia e pela inovação aumentou e já aparece nos novos negócios da região. A facilidade de acesso a ferramentas digitais e cursos de capacitação também tem ajudado na formação desses empreendedores iniciantes.
Mesmo com desafios como falta de experiência ou capital inicial, eles têm encontrado apoio em programas de orientação e incubadoras. O resultado é um cenário mais dinâmico, em que a juventude impulsiona mudanças e movimenta a economia local. Iniciativas que antes pareciam distantes agora fazem parte do dia a dia, aproximando inovação e novas oportunidades, em um movimento que promete continuar transformando o futuro do trabalho e dos negócios.
Tendência entre os jovens
Na região de cobertura da TV TODODIA, dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) apontam que há mais de 72 mil microempreendedores individuais na faixa etária de 21 a 30 anos. Esses números refletem a busca pela inserção em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.
Se antes o primeiro emprego desejável era com carteira assinada, hoje boa parte dos jovens adultos procura tirar suas próprias ideias do papel. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Americana, Rafael de Barros Coelho, avalia que “neste ano especificamente, nós tivemos um grande salto de aberturas de empresas e uma quantidade pequena de fechamentos. O que proporciona um saldo positivo. O crescimento do empreendedorismo em Americana foi muito robusto, assim como a geração de empregos”.
A analista de negócios do Sebrae, Alice Rosado, destaca o trabalho de formação. “O Sebrae tem um trabalho de educação empreendedora. Então, falamos sobre empreendedorismo desde o ensino fundamental até dentro das faculdades. A nossa preocupação é capacitar jovens, despertando a capacidade de gestão de empresas”, afirma.
Agência de inovação da Unicamp
Na região, empreendedorismo e inovação caminham lado a lado. Na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a Agência de Inovação Inova surgiu em 2003 para auxiliar a passagem da ideia ao projeto e, depois, ao mercado. O diretor-executivo da Inova, Renato Lopes, explica o cenário atual.
“Nós temos, hoje, cerca de 1.350 patentes e 233 contratos de transferência de tecnologia. É interessante que temos empresas grandes e pequenas interessadas em levar uma tecnologia da Unicamp para o mercado”, ressalta Lopes.
A Inova Unicamp é uma das líderes em número de patentes no país e funciona como central de gerenciamento da propriedade intelectual da universidade. A partir dessa atuação, a comunidade acadêmica ganha mais segurança sobre os trabalhos desenvolvidos e apoio estruturado para transformar ideias em iniciativas concretas, por meio da criação de startups ou empresas-filhas. “Na Inova, nós podemos acompanhar uma tecnologia da Unicamp desde o seu início, em uma banca acadêmica, até a sua inserção no mercado econômico”, explica o diretor-executivo.
Startup da saúde é destaque
Um dos casos de destaque ligados à Inova é a Sintezy, startup focada em desenvolvimento para a área de saúde. O diretor-executivo do projeto, Nathan Batistella, credita o avanço da empresa ao suporte recebido. “Se não fosse a Inova, eu acho que a gente não estaria aqui hoje. O papel de todos é indispensável. Foi através deles que conseguimos alcançar os nossos objetivos”, afirma.
A Sintezy integra a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp e, neste ano, se destacou em três pilares: capital, tecnologia e gestão. “Entre as grandes conquistas deste ano estão o investimento e o acesso à tecnologia com apoio da Unicamp e do Sebrae”, ressalta Batistella.

Cenário promissor para a juventude
Com apoio de iniciativas como a Inova Unicamp e dos programas de educação empreendedora do Sebrae, ideias que nascem dentro das escolas e universidades ganham estrutura, orientação e espaço para crescer. Para jovens empreendedores, esse suporte faz diferença na hora de transformar conhecimento em soluções reais para a sociedade.
O resultado são negócios inovadores que movimentam a economia, geram empregos e reforçam o papel das instituições de ensino como agentes de desenvolvimento. Dessa forma, inovação e juventude se conectam para construir um futuro mais dinâmico e com mais oportunidades na região.





