sexta-feira, 19 abril 2024

Locadora de veículos é investigada por golpe do ‘cashback’ em Hortolândia e Sumaré

Clientes relatam que empresa prometia a possibilidade de até 100% de cashback no final do contrato, ou seja, de receber o dinheiro da compra de volta 

A empresa também apresentava um plano de investimento de 10% de rentabilidade durante 15 meses, de acordo com funcionários (Foto: Google Maps)

Uma locadora de veículos em Hortolândia e Sumaré é investigada por suposto golpe de “cashback”. Funcionários afirmam que chegaram para trabalhar nesta segunda-feira (4) e o estabelecimento estava fechado, sem aviso. O dono da empresa diz que o “afastamento” é motivado por ameaças de morte. O caso é investigado pela Polícia Civil.

Clientes relatam que a locadora de carros proporcionava a possibilidade de até 100% de cashback no final do contrato, ou seja, de receber o dinheiro da compra de volta. A empresa também apresentava um plano de investimento de 10% de rentabilidade durante 15 meses, de acordo com funcionários.

Nas redes sociais, a empresa se descreve como “a primeira locadora de veículos pioneira no modelo de locação veicular como um modelo de investimento e a oferecer 100% Cashback ao final do plano”.

Uma cliente, que preferiu não se identificar, contou que fez a locação por 15 meses e recebeu o valor de volta, o que a estimulou a investir na empresa. “Devido o nosso contrato ter dado certo, acabamos confiando e investindo o valor de R$ 45 mil com retorno de 10% do rendimento por 15 meses. As três primeiras parcelas de investimentos caíram certinho, mas quando foi na segunda-feira os consultores chegaram para trabalhar e a empresa simplesmente não existia mais”, disse.

Clientes que afirmam ser vítimas de golpe se reúnem em grupo no Telegram com mais de 700 membros.

Um vídeo gravado pelo dono do estabelecimento circula nas redes sociais desde quarta-feira (6). Na gravação, o dono diz que a intenção é dar uma satisfação a amigos, clientes e consultores. “Tive que me afastar da empresa por conta de algumas ameaças, inclusive de morte”, disse.

Ainda no vídeo, ele diz que seus advogados entrarão em contato com os afetados para regularização “de maneira ordeira, sem ameaça, sem briga”.

A redação do TODODIA tentou contato com a empresa, mas não recebeu resposta até o fechamento desta reportagem.

A Secretaria de Segurança Pública do estado informou que “o caso é investigado por meio de inquérito policial instaurado pela Delegacia de Hortolândia” e que “diversas vítimas foram identificadas e diligências prosseguem visando ao esclarecimento dos fatos”.

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