Na tarde desta sexta-feira (4), Piracicaba recebeu a visita do ministro do trabalho Luiz Marinho, que esteve em conversa com empresários, lideranças sindicais e políticas do município para fazer um trabalho de reaproximação com o Ministério do Trabalho, que havia sido extinto no governo anterior.
Luiz Marinho disse durante a sua coletiva que o desafio maior agora está sendo justamente o de levar as políticas públicas do governo federal para todos os municípios e ele defende também a revisão de alguns pontos da reforma trabalhista feita ainda no governo Michel Temer, como por exemplo, a revisão das condições de negociação coletiva e a questão da terceirização do mercado de trabalho.
Dentre todos os pontos abordados em sua visita à cidade, a Rede TODO DIA teve a oportunidade de perguntar ao ministro sobre a questão do setor têxtil, que afeta diretamente Americana e as cidades da região, como Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré.
Segundo o ministro, o governo começou fazendo o ajuste das tarifas de importação para setores que são considerados estratégicos como o têxtil, da borracha, dentre outros. E que os próximos passos serão cruciais para o desenvolvimento da geração de emprego e renda para este e outros setores, onde ele encabeçou como principal fator, o corte de juros que ainda está muito alto no Brasil, mas que ele vê com bons olhos a expectativa de redução até o final do ano venham mais cortes realizados pelo Banco Central.
“Nós temos discutido muito com o vice-presidente Geraldo Alckmin, esses indicadores, os vários segmentos da indústria. Algumas coisas já foram corrigidas primeiro semestre, outras serão no segundo, outros serão no segundo ano pra ir propiciando que os vários setores da economia retomem o seu patamar, o seu potencial, sua competência, sua capacidade, por exemplo, nós já corrigimos as alíquotas de importação […] que o governo anterior tinha zerado […] gerando um grave problema pra indústria […]. Esse conjunto de que nós estamos olhando, e vamos olhar também o segmento têxtil. Como que as políticas públicas, as alíquotas de exportação, podem propiciar que os setores vão se reestruturando, se reequiparando e se reequilibrando no processo de competição internacional. É muito importante. É muito importante também todo o debate da reforma tributária, pra corrigir as distorções que têm nas cadeias produtivas e propiciar a melhor condição de competitividade da indústria nacional.”
Marinho também defendeu que o Brasil ganhe independência da exportação de minérios e commodities, precisando aumentar a exportação de produtos manufaturados, com valor agregado. “Esse é um debate que o presidente Lula fez, por exemplo, com a comunidade europeia. Não basta a gente exportar minério, não basta a gente exportar commodities, soja, nós queremos que a soja seja processada no Brasil, que a gente merece seja processado do Brasil, queremos que agregue valor aqui, pra gente gerar mais empregos, emprego de qualidade no Brasil mantendo uma balança comercial em superávit.”
Finalizando, Marinho ressaltou que estamos com todos os indicadores financeiros e econômicos equilibrados, e com a inflação sob controle, precisando apenas calibrar os juros, para propiciar o crescimento sustentável da economia brasileira.