O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), deputado Vanderlei Macris (PSDB), entregou ontem os trabalhos da comissão ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli. Macris e o relator, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), também pediram atenção do STF na rescisão da deleção premiada dos irmãos Batista, donos do frigorífico JBS.
Macris destacou a Toffoli o trabalho da CPI, enfatizando a apuração técnica que possibilitou o pedido de 53 indiciamentos, a adoção de medidas judiciais e extrajudiciais para que o BNDES, enquanto acionista da JBS, seja ressarcido pelos valores desviados, bem como a reparação dos prejuízos causados com a fraude na incorporação da empresa com a Bertin S.A. e a devolução de todos os valores desviados para o pagamento de propina a agentes públicos.
O relatório também reivindica a rescisão da deleção premiada e a prisão imediata dos executivos da JBS, Joesley e Wesley Batista, Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva, causadores de um golpe estimado em R$ 25 bilhões.
Toffoli disse que tratará com o ministro Edson Fachin, relator da ação, o pedido da rescisão das delações.