Mais de 6,9 mil bombas de combustíveis são fiscalizadas na região em 2025 e Piracicaba lidera reprovações

Piracicaba é a cidade da região com o maior número de bombas medidoras de combustíveis irregulares neste ano. O levantamento é do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP), que realiza a fiscalização dos postos de combustíveis.

Em fiscalizações de rotina realizadas pelo Ipem, de janeiro a 10 de novembro de 2025, Piracicaba se destaca com 128 bombas medidoras reprovadas. O segundo município da região de cobertura da TV TODODIA com mais reprovações é Santa Bárbara d’Oeste, com 20, 108 a menos.

Por outro lado, o município piracicabano também é a cidade que mais teve bombas aprovadas: 1.475, de um total de 1.603 bombas fiscalizadas.

Dois municípios da região não registraram nenhuma bomba medidora reprovada neste ano, Hortolândia e Paulínia, que tiveram 178 e 428 bombas analisadas, respectivamente, todas com autorização para seguir atuando. Entre as outras cidades da região, Americana, Campinas, Limeira, Nova Odessa e Sumaré, as reprovações variam entre 11 e 14.

Em relação às bombas aprovadas, o número é bastante superior em todas as cidades. O delegado regional de Piracicaba, Josias Barbosa, responsável pelas fiscalizações, explica que o comum é realmente a bomba ser aprovada. “Menos de 2% dos postos fiscalizados são autuados. A grande maioria trabalha honestamente”, afirmou.

*Dados do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP)

Irregularidades mais encontradas
As irregularidades mais comuns encontradas em bombas de combustíveis são a falta de lacre e o vazamento na bomba. As mais problemáticas e graves são aquelas em que há uma manipulação eletrônica que indica uma quantidade de litros abastecida, mas, na realidade, entrega menos combustível. Prática conhecida como fraude metrológica.

“Essa fraude eletrônica permite que a bomba tire em torno de 10% do volume abastecido. Ou seja, um tanque de 40 litros pode perder até 4, 5 litros […] o cliente abasteceria, registraria e pagaria o valor por 40 litros, mas no tanque, efetivamente, entra 36 litros”, exemplificou Barbosa.

Com as irregularidades constatadas, as consequências para um posto de combustível podem ir de uma simples advertência ao valor máximo de R$ 1,5 milhão. Em casos de fraude metrológica, além disso, é aberto um procedimento administrativo e feita a solicitação do cancelamento da inscrição estadual do estabelecimento e, depois de um processo, o posto pode ficar impossibilitado de continuar em funcionamento.

Aumento nas fiscalizações no final de ano
O Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP) ampliou as ações de fiscalização em postos de combustíveis até as festas de final de ano. As verificações, que já ocorrem rotineiramente durante a semana, agora passam a ser realizadas também aos sábados e domingos em todas as regiões do Estado.

A ampliação das fiscalizações acontece em um período de maior movimento nos postos, marcado por viagens e deslocamentos típicos das festas de fim de ano. O intuito é coibir irregularidades, proteger o consumidor e os comerciantes que trabalham dentro da legalidade.

Como o consumidor pode se proteger
O especialista Josias Barbosa alerta que, durante o abastecimento dos veículos, é essencial que os motoristas acompanhem o trabalho desde o momento em que a bomba é zerada até a retirada do bico do tanque. Em caso de alguma suspeita, o consumidor tem o direito de solicitar que o posto realize uma medida de volume de 20 litros e a apresente ao cliente, com uma tolerância de até 100 ml.

Para realizar uma denúncia ou tirar dúvidas sobre os serviços prestados em postos de combustíveis, o Ipem-SP atende os consumidores pelo telefone 0800 013 05 22, de segunda a sexta, das 8h às 17h, ou pelo e-mail [email protected] e pela página www.ipem.sp.gov.br.