Apelidada de “médica detetive”, candidata a deputada federal pelo PRTB expõe argumentos antivacina
A candidata a deputada federal por São Paulo pelo partido PRTB, a doutora Maria Emília Gadelha Serra, defende o fim da vacina contra a Covid-19. “Não vou ceder nenhum milímetro contra esse tipo de agressão à nossa população. Eu acho isso o fim da picada. Pelo fim da picada!”, disparou Maria Emília, que é médica, graduada com diploma de honra pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com residência médica em otorrinolaringologia pela USP (Universidade de São Paulo). Também estudou medicina no Japão e tem mestrado na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Maria Gadelha defende o tratamento precoce contra a Covid-19 e faz parte do movimento antivacina. “É mentira dizer que os vacinados estão protegidos. Estão tendo queda de imunidade gravíssima. Queda dos linfócitos CD4, queda dos linfócitos CD8. Queda das células naturais ‘Killer’, que defende o organismo contra tumores. Então, até quando essa mentira vai?”, indaga.
“Existem cerca de 550 mil médicos no Brasil atualmente e talvez existam uns 20 falando. É uma porcentagem vírgula da vírgula. Ser um desses médicos é muito natural porque eu sou comprometida com a verdade. Eu estudei perícias médicas. Quando a Covid começou eu comecei a estudar as bulas, a procurar informações e pesquisar artigos científicos e me preocupei muito porque o processo de aprovação de uma vacina normal ou medicamento qualquer leva de 10 a 14 anos, quando bem sucedido”, comenta.
Além dos argumentos sobre as baixas no sistema imunológico, ela afirma que a aprovação da vacina foi muito rápida e não tem segurança. “O que nós vimos com os produtos da Covid, essa aprovação aconteceu entre seis a oito meses, desde o início. É absolutamente impossível você ter um produto seguro nessas condições. Então, a partir desta constatação, eu falei: ‘não posso me calar’ e começaram esses convites para audiências públicas e lives. Eu comecei a falar”, relata.
A candidata explicou que fez projetos de lei municipal, estadual e federal, com advogados de direito constitucional em relação a ozônioterapia. Ela é a atual presidente da SOBOM (Sociedade Brasileira de Ozonioterapia Médica) e participou de mais de 50 audiências públicas no período da pandemia, como trabalho voluntário.
Neste processo, ela diz que se sentiu “indignada” e resolveu entra de vez na política. “Eu sempre dizia que nunca participaria de nada que envolvesse política. Eu tinha a imagem de que a imensa maioria dos políticos de não é honesta, não comprometida. Mas sempre tive muitas atividades associativas. Fundei associações, entidades médicas, quando eu comecei a participar dessas audiências fui sentindo a censura, o cerceamento, na questão do tratamento precoce e aquelas mortes todas por Covid. A política do Mandetta de ficar em casa, eu me posicionei totalmente contrária. Tudo isso foi gerando em mim uma grande indignação. Eu percebi nas audiências públicas que se nós, os cidadãos de bem, não fizermos nada, simplesmente você delega sua vida e tudo o que acontece ao seu redor para pessoas que não necessariamente tenham qualificação técnica e muito menos a moral e a ética”, disse.
MÉDICA DETETIVE
Maria Gadelha explicou que o termo atribuído a ela, o “médica-detetive”, nasceu porque ela tem “necessidade de investigar as doenças”. “Em minhas consultas eu tenho um mapa mental de diagnósticos e depois um planejamento estratégico de recuperação. Todo mundo fala que é diferente. A minha forma de ver o mundo tem muito dessa questão estratégica”, diz.
Em relação ao termo “hardcore com sangue viking”, que está na descrição de sua página do Instagram, com mais de 40 mil seguidores, ela comentou que fez um teste que validou essa afirmativa. “Eu fiz um teste de genética. A minha mãe é descendente de portugueses e espanhóis. Teste de saliva. Isso define que eu vou para cima. Não fico em cima do muro e se tiver de me posicionar, eu me posiciono sem problema nenhum”, afirma.