As quatro médicas cubanas que trabalhavam em Nova Odessa, por meio do programa federal Mais Médicos, protocolaram pedido de refúgio junto à PF (Polícia Federal), em Piracicaba.
Elas decidiram ficar no Brasil mesmo após a determinação do governo cubano para que retornassem ao país de origem.
Com o protocolo de refugiadas, o Ministério do Trabalho emitiu quatro carteiras de trabalho (Carteira de Trabalho e Previdência Social) para as profissionais.
No entanto, para que as cubanas retornem aos atendimentos médicos, precisam se inscrever na nova seleção do Programa Mais Médicos. “Elas têm até sexta-feira para efetuarem a inscrição no Programa sem que precisem revalidar o diploma”, explica o presidente da OAB de Nova Odessa, Alessandre Passos Pimentel.
Ainda de acordo Pimentel, a OAB enviou um ofício para a Prefeitura de Nova Odessa solicitando medidas para que as médicas voltem a trabalhar no Município.
“É interessante para a cidade que as médicas fiquem aqui. Elas já estão familiarizadas com a região e as nossas especificidades”, afirma.
De acordo com a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Nova Odessa, na semana passada, o prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza (PSDB) tratou pessoalmente da situação das médicas com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes. “Conforme prometi a elas, estamos dando todo o amparo. Não viramos e não vamos virar as costas, porque elas fizeram muito bem o seu papel em Nova Odessa. Falei com o ministro Aloysio Nunes porque faremos o possível para que tudo termine bem”, ressaltou o prefeito.
Em nota, a Prefeitura de Nova Odessa, por meio do secretário de Saúde, Vanderlei Cocato, disse que não há possibilidade neste momento de as profissionais trabalharem no município.