Uma megaoperação nacional deflagrada ontem pela Polícia Civil resultou em pelo menos 137 suspeitos presos em 26 Estados e no Distrito Federal, todos acusados de envolvimento em crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes na Internet.
Quatro dos presos foram detidos na RMC (Região Metropolitana de Campinas), em cumprimento de mandados judiciais em Campinas, Hortolândia, Valinhos e Holambra.
Só no Estado de São Paulo, até o final do dia, foram 92 mandados e 48 presos.
Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, a 4ª fase da “Operação Luz na Infância” mobilizou mais de 1.500 policiais em 133 cidades em todo País, no cumprimento de 266 mandados de prisão e/ou busca e apreensão de conteúdos digitais ilícitos armazenados em computadores, celulares e documentos em poder de acusados de propagar pedofilia na Internet.
Nas três primeiras etapas da operação, em 2017 e no ano passado, 405 pessoas já tinham sido detidas.
Segundo a Polícia, na RMC foram cumpridos ontem dois mandados em Campinas, onde um homem foi preso em flagrante e um segundo foi detido para averiguação.
Um mandado de prisão foi cumprido em Hortolândia e outra prisão foi efetuada em Holambra, além de outros dois mandados de busca e apreensão em Valinhos.
Segundo o Deinter-2 (Departamento de Polícia Judiciária), de Campinas, 30 policiais da RMC foram mobilizados e os materiais apreendidos, encaminhados para a Capital.
Um dos mandados em Campinas foi cumprido no bairro Padre Anchieta, onde um homem de 44 anos foi preso em poder de materiais pornográficos diversos envolvendo menores de 18 anos.
No Centro de Campinas, um publicitário de 37 anos foi detido para averiguação porque em sua casa foram apreendidos fotos e objetos relacionados a exploração sexual infanto-juvenil.
No Jardim Rosolém, em Hortolândia, um homem de 73 anos foi preso e levado para a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana.
Na casa dele foram encontrados fotos e vídeos no computador e armazenados em CDs, com cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes. Os materiais teriam sido baixados da Internet.
Em Holambra, um microempresário de 60 anos também foi preso, no Jardim Holanda, por armazenar no computador imagens de pornografia infantil. Ele alegou que não compartilhou as imagens, pagou fiança de R$ 1,5 mil e responderá em liberdade.
Nenhuma identidade dos acusados foi revelada pela Polícia, porque o caso corre em segredo de Justiça. As penas para esse tipo de crime variam de 1 a 8 anos de prisão.