Sindicato que representa mais de 1,2 mil escolas na região diz que, por conta da pandemia, não foram feitos reajustes em 2020, com os custos acumulando neste ano
Famílias com filhos em escolas particulares devem preparar o bolso. As mensalidades escolares devem aumentar entre 10% e 13% para o início de 2022. Esta é uma estimativa do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo), que representa cerca de 1,2 mil escolas na região de Campinas e instituições que abrangem 2,5 milhões de alunos no estado.
De acordo com Benjamin Ribeiro da Silva, presidente da entidade, a alta está relacionada à inflação, que pode fechar o acumulado do ano acima de 10%, além de índices como as correções no preço da energia elétrica, na ordem de 70%.
Ele também considera os investimentos em tecnologia nesse período, feito por diversos estabelecimentos.
“No entanto, recomendamos que esse repasse não seja feito de uma vez, e que as instituições dividam a anuidade em mais parcelas para não sobrecarregar as famílias”, afirma, reiterando a necessidade de consenso e negociação.
Silva explica que a correção de mensalidades é regulada por lei federal, portanto, os aumentos precisam ser justificados de acordo com a legislação, além de bem argumentados junto às famílias.
Ele salienta que a concorrência é grande, e pode levar à movimentação de alunos entre escolas.
Ele não acredita na saída expressiva de alunos para a rede pública.
O presidente lembra que, por conta da pandemia, não foram feitos reajustes no ano passado, com os custos acumulando neste ano.
Ele equipara as escolas a um condomínio. “É um serviço à educação, mantido por um grupo. Cerca de 40% são gastos em impostos, e uma boa área pedagógica não é viabilizada sem financiamento”, pondera.
Silva também explica que não há como determinar uma faixa de mensalidade específica, já que há diferenças de custo conforme o que a escola oferece, podendo uma anuidade custar de R$ 5 mil a R$ 80 mil, dependendo do porte do estabelecimento.
