Os torcedores brasileiros de Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo têm vivido dias intensos com a disputa do Mundial de Clubes, que acontece nos Estados Unidos. E a nossa região também marca presença em solo norte-americano. Maurício Fioretti, de 53 anos, morador de Americana, acompanhou in loco todos os jogos do Palmeiras na fase de grupos e, neste sábado (28), estará na Filadélfia para torcer pelo Verdão no duelo contra o Botafogo, pelas oitavas de final.
Planejando a viagem desde dezembro, quando os grupos e os locais das partidas da primeira fase foram definidos, Maurício embarcou no dia 14 de junho. Nos dias 15, 19 e 23, ele assistiu presencialmente aos jogos do Palmeiras contra Porto, Al Ahly e Inter Miami, respectivamente.
Um dos irmãos de Maurício mora nos Estados Unidos, em Henderson, no estado de Nevada. Essa ligação familiar contribuiu para o envolvimento com o Mundial e também está facilitando a hospedagem durante a viagem.
“Geralmente quem vem é porque gosta muito, né? Então é a pessoa que geralmente frequenta estádio. A pessoa vem com a intenção de realmente torcer. Mas é diferente, é bem diferente. Já tive a oportunidade de ter ido pra Abu Dhabi também, naquela final contra o Chelsea. Realmente parece que está no Allianz Parque”, descreveu o torcedor sobre a experiência nos estádios.
Com ingressos variando entre US$ 80 e US$ 100, os torcedores compram as entradas diretamente pelo site da Fifa. Para isso, é necessário realizar um cadastro prévio, indicando o clube que desejam acompanhar, o que garante prioridade nas compras. A partir da fase mata-mata, à medida que o Alviverde for eventualmente avançando, Maurício seguirá garantindo presença nos próximos jogos.

Paralisação por alerta climático
Maurício e todos os torcedores presentes no MetLife Stadium, em Nova Jersey, durante o confronto entre Palmeiras e Al Ahly, passaram por uma situação inusitada. A partida foi paralisada por cerca de 30 minutos devido a um alerta de “tempestade de raios severa”, que, no fim, não se concretizou.
Acostumado com os estádios brasileiros, Maurício contou que ficou impressionado com a estrutura e a organização do estádio americano para lidar com esse tipo de protocolo. “Esvaziou o estádio e foi todo mundo para baixo da arquibancada, na parte interna do estádio. Acabou, vai voltar? Voltou todo mundo para seguir o jogo. Nós não estamos acostumados com isso”, afirmou.
“A gente brincava depois nos grupos, esse pessoal precisa ir ver a Taça São Paulo de Futebol Júnior em janeiro, que joga com o campo alagado, chuva de granizo, vento, raio e tempestade”, complementou Maurício.
Expectativa para o jogo deste sábado
O americanense contou que conhece pelo menos outras 20 pessoas da região que estão ou estiveram nos Estados Unidos para acompanhar o Mundial. No entanto, seu principal companheiro de arquibancada tem sido o sobrinho Enzo Fioretti, de 15 anos.
Nascido no Canadá, Enzo viveu um ano e meio no Brasil e, desde os seis anos, mora nos Estados Unidos. Palmeirense desde pequeno, esta é a primeira vez que ele assiste a jogos oficiais do Verdão, uma experiência que tem achado incrível.
“É legal ficar com gente que é não só palmeirense, mas que é brasileira, porque aqui não tem ninguém brasileiro, só minha família […] quando a gente estava andando na rua em Miami ou em Nova York, era só palmeirense lá, então era legal”, contou o garoto.
A dupla embarca nesta sexta-feira (27) rumo à Filadélfia, em um voo com duração estimada de seis horas, para acompanhar o confronto entre Palmeiras e Botafogo. E seguem esperançosos com a classificação do time paulista.
“1 a 0, gol do Allan”, palpitou Enzo. “2 a 1 Palmeiras, pode ser (gol) contra. O importante é passar”, completou Maurício.
