O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi dispersado pela polícia após ocupar a Usina São José, localizada em Rio das Pedras, na manhã desta segunda-feira (7). Após a desocupação, os integrantes do grupo se concentraram na Praça José Bonifácio, no centro de Piracicaba.
A ocupação na usina teve como propósito denunciar problemas ambientais graves relacionados à empresa. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) identificou o empreendimento como responsável pela mortandade de mais de 235 mil peixes no Rio Piracicaba, ocorrida em julho de 2024.

Como medida, a Cetesb suspendeu a licença ambiental da usina e aplicou uma multa de R$ 18 milhões. No entanto, a penalidade está sendo contestada pelo Grupo Farias, proprietário da Usina São José, que até o momento não se manifestou sobre o caso.
O protesto do MST ressalta a urgência de ações concretas para remediar os danos ambientais, enquanto a comunidade local aguarda esclarecimentos e medidas eficazes para garantir a proteção do ecossistema do Rio Piracicaba. O movimento também reacende debates sobre os impactos de grandes empreendimentos na região e a resposta das autoridades e empresas diante de tais situações.
NOTA DA PREFEITURA
“A Usina São José lamenta o ocorrido na data de hoje, quando um grupo de pessoas, aparentemente vinculado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), permaneceu em frente às instalações da empresa, impedindo o livre acesso e a circulação na região.
A Usina reafirma seu compromisso com a responsabilidade socioambiental, a segurança e o respeito à comunidade.
A ocorrência dos casos de poluição, sem qualquer participação da Usina São José, reforça a ausência de nexo causal entre suas atividades e a mortandade de peixes no Rio Piracicaba.
A Usina São José permanece à disposição das autoridades, reafirmando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável”.