sexta-feira, 22 novembro 2024

Na RMC, aterro de SBO tem a pior avaliação

Santa Bárbara d’Oeste é o único município da RMC (Região Metropolitana de Campinas) que descarta seus resíduos sólidos urbanos em aterro classificado como “inadequado”. A informação consta no Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos, referente ao ano 2018, divulgado pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). 

Santa Bárbara recebeu avaliação 3,5 no IQR (Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos), que considera em condições inadequadas aterros classificados de 0,7 a 7,0. Os municípios avaliados entre 7,1 e 10 são os que descartam os resíduos em aterros adequados. Em 2016, a avalição da cidade também foi negativa. Naquele ano, o IQR barbarense foi de apenas 1,8. Entre os anos de 2011 e 2015 e 2017, o município recebeu avaliação positiva da Cetesb. 

Na RMC, o relatório anual avaliou, por exemplo, os municípios de Americana, Campinas, Hortolândia, Nova Odessa e Sumaré com nota 9,8. 

Com exceção de Americana, que descarta os resíduos na própria cidade, as demais utilizam o aterro regional de Paulínia, criado para auxiliar as cidades que com dificuldades em descartar resíduos sólidos. 

Além do município barbarense, outras 27 cidades do Estado de São Paulo, o correspondente a 4,4% do total, também receberam avaliação negativa. 

Dos 645 municípios paulistas, 612 descartam os resíduos em aterros adequados, o que equivale a 95,6% do total. Nesse levantamento, não foram incluídos dados de cinco municípios que dispõem seus lixos em outros Estados. “A melhoria das condições ambientais nas áreas para disposição de resíduos se deve ao conjunto de ações de controle e às políticas públicas. O foco é erradicar a disposição inadequada no Estado e aprimorar as ações técnicas, para obter uma evolução significativa nos resultados”, explicou a diretora-presidente da Cetesb, Patrícia Iglecias. 

SECRETARIA DISCORDA 

A Secretaria de Meio Ambiente de Santa Bárbara informou, por meio da Assessoria de Imprensa, que vai solicitar a revisão da nota junto da Cetesb. 

A pasta ressalta que acontecimentos pontuais de operação do aterro foram devidamente sanados e durante esse período, manteve o tratamento correto dos resíduos, inclusive com a qualificação para manutenção do selo de “Município Verde Azul”. 

“Vale lembrar que Santa Bárbara d’Oeste é a única cidade da região que possui aterro sanitário próprio”, diz a Secretaria em nota oficial. 

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