Nesta terça-feira (23), o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) acompanhou, por meio do Grupo de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), a coleta de peixes mortos e de água descartada pelo Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) na região conhecida como Rego da Boyes.
A área onde foi registrada a nova mortandade de peixe, fica a cerca de 8 quilômetros do ponto onde, no dia 7 de julho, houve o registro de toneladas de peixes mortos. Porém, a nova mortandade não tem relação com o acontecido no começo do mês.
Na ocasião, representantes da Cestesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), da Polícia Ambiental e do Instituto de Criminalística também estiveram presentes.
Em resposta à equipe da TVOTODODIA, o promotor de justiça do Gaema, Ivan Carneiro Castanheiro, comentou sobre a possibilidade da Semae ter responsabilidade na mortandade “Os laudos que vão comprovar tecnicamente as causas e que o produto realmente era do Semae não saíram. Mas há um B.O (Boletim de Ocorrência), uma confissão de um funcionário do Semae de que houve o descarte e a abertura da comporta do tanque de lavagem, onde estavam armazenados os resíduos do tratamento de água do município de Piracicaba, de uma das Estações de Tratamento de Água da (ETA) Luiz de Queiroz. Temos cópia do B.O da PM, cópia do B.O civil, mas ainda não saíram os laudos que vão de fato amarrar”, enfatizou o magistrado.
Por meio de nota, a Semae comunicou que o material que chega ao rio Piracicaba é resultado da limpeza dos filtros e decantadores da ETA Luiz de Queiroz. Esse material é resultado da operação de tratamento de água, necessária para o abastecimento de 30% do município de Piracicaba. O Semae colheu amostras da água do rio Piracicaba e, após análises, não foram constatadas mudanças na oxigenação, portanto, o fato não causou a mortandade dos peixes.