Devido à alta no número de casos de dengue, a Prefeitura de Nova Odessa decretou situação de emergência e estado de alerta epidemiológico na cidade. Neste ano, são 791 notificações e mais de 550 casos confirmados pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, existem ainda dois casos de morte que estão em investigação.
O decreto, identificado com o nº 4.768/2024, tem o objetivo de facilitar a parte administrativa das ações de combate à dengue. Aquisição de insumos farmacêuticos e a organização de serviços são as principais atividades dentro dessa força-tarefa.
Com o alerta, a prefeitura de Nova Odessa tentará também recursos estaduais e do Ministério da Saúde para ajudar nas atividades. A chegada do aporte financeiro depende de análise e aprovação dos órgãos superiores.
Enquanto a verba não chega, as iniciativas municipais de prevenção já começaram. No último sábado (16), iniciaram-se os mutirões de orientação e intervenção nos bairros que estão com maior incidência de casos.
“O mutirão gera todo um movimento de conscientização das pessoas. O intuito é também levar consciência, fazer todo um movimento com carro da Defesa Civil, vigilância, a Kombi da dengue, para as pessoas pensarem na dengue sempre”, explicou a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Paula Mestriner.
A ação do dia 16 foi toda realizada no bairro Santa Rita 1. A equipe do controle de endemias visitou mais de 600 imóveis, tendo recolhido 72 sacos de 50 litros de lixo com possíveis criadouros. Além disso, 32 moradores foram notificados para a realização de limpeza, caso não concluam a determinação no prazo sofrerão multas.
No próximo sábado (23), o trabalho continua, desta vez no Jardim Alvorada. A ação também se expandirá para a rede municipal de ensino. “Nós retomamos o IEC (Informação, Educação e Comunicação), que é um trabalho de educação e saúde com as crianças nas escolas. Elas estão trabalhando o assunto de dengue durante essa semana, e no sábado vai contar com a presença das famílias na escola”, disse a enfermeira.
Consciência individual
As ações das prefeituras são importantes e essenciais na conscientização e na limpeza dos ambientes, porém, a atitude individual é o que faz a diferença na diminuição dos casos de dengue.
Paula Mestriner explica que 90% dos criadouros estão dentro das residências. Por esse motivo, é preciso estar atento à limpeza contínua do ambiente interno, principalmente, quintais ou áreas que não são diariamente utilizadas.
“O mosquito não consegue voar muito. Então se alguém leva uma picada em casa, o mosquito nasceu naquela casa. A culpa nem sempre é do vizinho”, alertou.
