
Uma força-tarefa entre o Setor Municipal de Zoonoses e voluntários da ONG Cadeia Para Maus-Tratos resgatou, na última sexta-feira (27), um cão adulto abandonado nas Chácaras Recreio Represa, na região do Pós-Anhanguera, em Nova Odessa. O animal havia sido deixado por um carro de passeio, flagrado por câmeras de segurança da área. VEJA O MOMENTO DO FLAGRANTE PELAS CÂMERAS [INSTAGRAM |FACEBOOK].
As imagens mostram o veículo vindo da direção de Paulínia, deixando o cachorro na beira da estrada e retornando logo em seguida pela mesma rota. A Guarda Civil Municipal (GCM) já está analisando o vídeo para tentar identificar o automóvel e seu proprietário.

Profissionais do Setor de Zoonoses estiveram no local e constataram que o animal não possui microchip de identificação. De acordo com a equipe, o cachorro não apresentava comportamento agressivo e não oferecia risco à população.
Após a avaliação inicial, o setor acionou a ONG Cadeia Para Maus-Tratos, representada pela vereadora Priscila Peterlevitz Leal, que acolheu o animal e o encaminhou para atendimento veterinário. O cão será mantido sob cuidados temporários e, em breve, deve ser disponibilizado para adoção responsável.

Os voluntários também registraram um boletim de ocorrência na Polícia Civil de Nova Odessa, que deve conduzir a investigação do caso.
Em nota, o Setor de Zoonoses reforçou que o abandono de animais é crime, além de representar um problema de saúde pública. “Expor um animal a doenças, fome, atropelamento e problemas emocionais é uma crueldade injustificável”, declarou o órgão.

A prefeitura ainda destacou que a cidade conta com programas gratuitos de castração, além do Departamento Municipal de Bem-Estar Animal. “Hoje existem tantos recursos à disposição da população. Ninguém é obrigado a ter um animal de estimação. As pessoas têm escolha; os animais, não”, completou a nota oficial.
Somente em 2025, o Setor de Zoonoses já recebeu 16 denúncias de abandono de cães. Em todo o ano de 2024, foram 17 registros formais. Segundo o órgão, os números reais devem ser ainda maiores, já que muitas ocorrências são reportadas diretamente a ONGs e protetores independentes, como a ONG Cadeia Para Maus-Tratos, que mantém uma base ativa em Nova Odessa desde 2024.