A Polícia Civil de Campinas realizou ontem a “Operação Tesla”, contra furto de energia elétrica, em diversos bairros da metrópole. De 38 estabelecimentos comerciais vistoriados, em 18 deles houve flagrantes de fraudes de energia contra a CPFL Paulista – os populares “gatos” nas ligações.
Os responsáveis pelos comércios foram presos em flagrante pelo crime (que é afiançável) e seriam submetidos a audiências de custódia pela Justiça (o que não ocorreu até o fechamento desta edição).
Segundo a CPFL, os principais pontos de fraudes encontrados ontem foram em açougues, restaurantes e supermercados, em diversas regiões de Campinas, como Centro e em bairros como Satélite Íris, Jardim Myriam, Joaquim Egídio, Vila Mimosa, Taquaral, Cambuí, Barão Geraldo, entre outros.
Para diminuir ilicitamente os gastos com energia elétrica, os fraudadores modificam internamente os medidores, manipulam registradores de consumo, entre outros métodos.
Segundo a Polícia, um dos comércios vistoriados na área central de Campinas, embora funcionando normalmente, apresentava “consumo zero” há meses.
Casos de fraudes e furtos de energia elétrica são crimes previstos no Código Penal e, se condenado, um infrator está sujeito a detenção que varia de um a quatro anos, além da cobrança pela concessionária dos valores das tarifas do período equivalente ao furto e ainda multa.
Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), é um tipo de crime que traz prejuízos a toda sociedade, uma vez que os desfalques causados pelas fraudes acabam influenciando na revisão das tarifas pagas por todos usuários do serviço de distribuição de energia para os imóveis comerciais ou residenciais.
A Operação Tesla contou com 47 policiais civis em 20 viaturas. Além dos policiais de 11 delegacias, participaram da Operação mais de 40 funcionários da concessionária de energia.
Segundo os delegados da 1ª e 2ª Delegacias Seccionais de Campinas, Roberto José Daher e Aldo Galiano Júnior, haverá continuidade no combate a esse tipo de crime, com operações periódicas.
