sexta-feira, 22 novembro 2024

Pandemia: associações comerciais reforçam medidas temendo novo fechamento

Depois das três primeiras semanas de reabertura do comércio, dia 1°, as associações comerciais da região estão focando e reforçando a importância do isolamento e de cuidados. As mortes dobraram na região e as associações vivem o medo do fechamento do comércio novamente, como em Campinas.

João Batista de Paula Rodrigues, presidente da Acisb (Associação Comercial e Industrial de Santa Bárbara d’Oeste), diz que as atenções estão voltadas para evitar que voltem a funcionar apenas os comércios essenciais, como ocorre fase mais rígida da quarentena.

“Estamos fazendo campanha pra população nos ajudar com o isolamento social, porque os índices preocupam. Temos o receio de acontecer o que aconteceu em Campinas. Não queremos isso para nossa cidade. Queremos tomar os cuidados para não regredir”, diz.

Ele relata que a reabertura gradual já ajudou muito o comércio. “Está indo bem, o pessoal está animado. Quatro horas é pouco, mas resolveu, para quem estava fechado ajudou bastante. E vivemos a expectativa de tomarmos os cuidados e trocarmos de fase”, disse.

Juarez Pereira da Silva, presidente da Acias (Associação Comercial e Industrial de Sumaré), também prega a importância de que a pandemia seja levada a sério.

“A Acias está utilizando seus canais, como redes sociais, para conscientizar os consumidores. A orientação é evitar as saídas em famílias para não ocorrer aglomerações. O comércio está aberto para atender às necessidades de compra ou pagamento de contas do consumidor. Não é hora de passeio. E ao sair, sempre utilizar a máscara, é obrigatória”.

De acordo com o presidente, o aumento do movimento de circulação de pessoas ocorreu dentro do que era esperado, “com muitos consumidores aproveitando, principalmente a primeira semana, para o pagamento de contas”.

Um alívio para o setor, segundo ele. “Apesar de todas as restrições, a reabertura representa um alívio para os comerciantes, que ficaram com as portas fechadas por quase três meses”.

“A gente entende que o comerciante deve se manter vigilante quanto às regras, para que a gente não sofra nenhuma retração”, destaca Samuel Teixeira, presidente da Acino (Associação Comercial e Industrial de Nova Odessa). Ele conta que desde a flexibilização do dia 1° a procura aumentou, mas não necessariamente as compras.

“Em uma pequena análise que fizemos destas três primeiras semanas, segundo relatos de comerciantes, foi de que ocorreu uma grande movimentação, mas a venda não teve a mesma proporção. Mas dentro de todas as restrições, foi positivo sim o retorno”.

A Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana) destacou o empenho nos cuidados.

“Nosso trabalho como associação tem sido direcionado a orientar nossos associados para que o retorno respeite as normas sanitárias de prevenção à Covid-19, garantindo a segurança dos funcionários e dos consumidores”, diz o presidente Wagner Armbruster

Ele comentou sobre como foram as três primeiras semanas de flexibilização. “Nos primeiros dias houve aglomeração de pessoas nos centros comerciais por conta de prestações atrasadas, não impactou em novas vendas. O Dia dos Namorados e o feriado de 13 de junho não foram expressivos como em anos anteriores, exatamente por conta das restrições de horário e consumidores priorizando sair de casa para serviços essenciais”, disse.

Armbruster destaca que a recuperação da saúde financeira do comércio só se dará por completo quando todos os setores econômicos estiverem liberados para funcionar com expediente normal. “Dessa forma, haverá aumento do consumo e da produtividade, gerando recursos e novos empregos”.

A Aciah (Associação de Comércio e Indústria de Hortolândia) foi questionada sobre o assunto, mas não respondeu até o fechamento desta edição.

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