terça-feira, 23 abril 2024

Pandemia: estado mantém RMC ‘laranja’, mas vê alta em índices e faz alerta

A RMC (Região Metropolitana de Campinas) foi mantida na fase laranja do plano de reabertura gradual das atividades em meio à pandemia de coronavírus, mas com a possibilidade, segundo o governo do Estado, de regressão e aumento de restrições em sete dias. O anúncio foi feito nesta quarta (10). 

“Tendência de evolução na pandemia em Campinas e região. Estamos fortalecendo a capacidade de hospital, mas é fundamental dizer que esse é um momento de controle. Em sete dias podemos regredir (de fase) se for necessário”, disse o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi. 

A fase laranja, também chamada de fase 2, permitiu a reabertura de shoppings, comércios de rua, concessionárias, escritórios e imobiliárias desde o dia 1° deste mês. Vinholi revelou que o alerta para Campinas e região se deu por conta do aumento de 48% no número de casos, de 36% na variação de internações e de 24% no número de mortes. 

O secretário elogiou a cautela do prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), que, por conta de alta ocupação de leitos só iniciou a reabertura uma semana depois, segunda-feira (8). “A gente pede que os gestores municipais continuem sendo responsáveis”, declarou. 

A região de Sorocaba também se encontra em situação semelhante à de Campinas. Permanece na fase 2, mas em estado de alerta para possível regressão de fase se necessário. 

É a primeira reavaliação do governo desde que a quarentena foi flexibilizada. O Estado usa como critério a disponibilidade de leitos e a evolução dos casos de coronavírus para iniciar a retomada da economia. Segundo o governo, a contaminação está mais acelerada no interior. 

Com os últimos dados do Plano SP, o governo decidiu ampliar restrições a atividades econômicas não essenciais em cinco regiões. Araraquara e Bauru voltaram da fase 3 (amarela) para a 2 (laranja), enquanto as áreas de Ribeirão Preto, Barretos e Presidente Prudente voltaram à etapa 1 (vermelha) de máxima restrição, que permite apenas serviços essenciais. 

A fase 3 (amarela) permite a reabertura de bares, restaurantes, salões de beleza ou academias 

Já nas regiões da Baixada Santista e de Registro, a melhora nos índices semanais de variação de casos confirmados, internações e mortes levou à reclassificação da fase vermelha para a laranja. O mesmo ocorreu em todas as cinco sub-regiões da Grande São Paulo. 

Na Capital e demais regiões – Araçatuba, Franca, Marília, Piracicaba, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, e Taubaté – que estavam na fase 2 de retomada restrita desde o início do mês, houve estabilidade na maioria dos índices. Assim como as regiões de Campinas e Sorocaba, todas permanecem na mesma classificação até a próxima atualização de painel do Plano SP, prevista para o dia 17. 

“Nosso desafio é estar um passo à frente da pandemia, temos que garantir atendimento a todos. São Paulo se preparou profissionalmente e tecnicamente para enfrentar a pandemia”, afirmou o governador João Doria (PSDB) durante a coletiva. 

“Estamos salvando cerca de 40 vidas por hora e evitando a contaminação de dez pessoas por minuto. O Plano São Paulo é um GPS que nos guia, orientado pela medicina e com a contribuição do setor econômico para sairmos da crise com previsibilidade, segurança e o maior número possível de vidas salvas”, disse. 

A nova classificação anunciada entra em vigor a partir de segunda-feira (15). Até lá, as prefeituras que tiveram restrição ou flexibilização de serviços deverão publicar decretos municipais adequando as normas locais de quarentena ao novo painel do Plano São Paulo. 

QUARENTENA É PRORROGADA ATÉ O DIA 28 

O governador João Doria (PSDB) também divulgou que a quarentena em todo o Estado será prorrogada, do dia 15 para o dia 28 de junho. “Essa nova quarentena será determinada heterogênea, onde será aplicado o Plano São Paulo. Será uma retomada consciente da economia, por fases e por regiões”. 

Na média estadual dos últimos sete dias, houve redução na taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva para Covid-19 de 72,6% para 69,1%, além de aumento na média de vagas por 100 mil habitantes de 15,4 para 18,1. No mesmo período, o total de casos e mortes teve quedas reduzidas, de 1% e 3% respectivamente, mas as internações pela doença subiram 7%. 

A rede hospitalar recebeu reforço nos últimos 15 dias, quando o governo de São Paulo intensificou a distribuição de respiradores e ampliou o número de vagas em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) para pacientes graves com coronavírus. 

No dia 25 de maio, o total de leitos de terapia intensiva no Estado era de 6.542, foi a 7.134 no dia 1º de junho e, atualmente, é de 7.610 e deve crescer até o fim do mês. 

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