terça-feira, 23 abril 2024

Para um terço, impacto foi ‘alto’

Para 32,2% das empresas da RMC (Região Metropolitana de Campinas), o impacto financeiro na pandemia de Covid-19 é considerado alto. O índice foi revelado em uma pesquisa feita pela ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos) Regional Campinas.

O levantamento abordou também o trabalho remoto, realidade do presente com potencial para mudar os modelos de produção no futuro. A pesquisa quantificou, ainda, os sentimentos que mais afloraram nos trabalhadores durante o período de enfrentamento da doença: “preocupação” é a resposta em 70% das corporações.

Com a Covid-19 vieram o isolamento social e mudanças no universo corporativo. Muitas empresas da região optaram pelo trabalho realizado em home office como medida para proteger os funcionários da contaminação pelo novo coronavírus, agente causador da doença.

Ao elaborar a pesquisa, a ABRH Regional Campinas abordou o impacto financeiro para as empresas na pandemia de Covid-19. Para 32,2% dos participantes, o efeito é considerado alto. Para 31,1%, é médio, enquanto 25,6% avaliam como baixo. Apenas 11,1% responderam não haver impacto financeiro para a corporação.

“Quando destacamos o impacto financeiro em um terço da fatia das empresas pesquisadas, constatamos que as ações foram rápidas nos processos decisórios e geraram resultados”, observa Fabiola Lencastre, presidente da ABRH-rmc.

“O número é alto, emblemático, significativo, mas reflete a capacidade de adaptação das equipes e a criatividade em produtos e serviços para o momento de crise”, diz.

Sobre a realização de trabalho remoto no período de pandemia, 36,7% das empresas responderam que o home office foi implantado apenas em alguns departamentos. A implementação de forma parcial ou em esquema de revezamento envolveu 35,6% das corporações. Mas 26,7% trabalharam integralmente de forma remota.

No geral, a pesquisa mostra que quase todas as empresas ouvidas agiram para que seus colaboradores continuassem produtivos mesmo fora do ambiente corporativo.

Para Fabiola, é provável que os estabelecimentos físicos e fixos deem lugar a uma nova forma de trabalho. “Acredito que vem aí, com muita força, um modelo criativo que reflita eficiência para os negócios em nossa região”, afirma.

Na questão sobre a adoção de plano de contingência, 83,3% responderam que houve um planejamento específico para o enfrentamento da Covid-19. Outros 16,7%, porém, disseram que não houve.

“Na RMC, os nossos RHs passaram a ser estratégicos e hoje orientam temas relevantes na empresa. Se a pandemia nos pegou desprevenidos, rapidamente conseguimos traçar um plano contingente. Isso representa amadurecimento nas nossas estruturas de gestão”, destaca a presidente da ABRH-rmc.

A pesquisa da ABRH Regional Campinas incluiu, ainda, outra questão: “qual foi o sentimento mais percebido nas pessoas durante a pandemia”. Para 70%, a resposta foi “preocupação”.Para 24,4%, “medo”.

“Embora não saibamos qual será o novo cenário, esses 70% devem ser o alvo dos nossos RHs”, afirma. “Dentro de nossos ambientes de trabalho, precisamos promover um cenário mais seguro para amenizar este sentimento”, finaliza Fabiola Lencastre.

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