sábado, 20 abril 2024

Paralisação afeta a Sancetur

Funcionários da Sancetur (Santa Cecília Turismo), empresa que opera parte do transporte de estudantes das escolas municipais de Paulínia, paralisaram as atividades em parte do dia de ontem, em protesto contra atraso no pagamento do vale alimentação e contra a suspensão do atendimento médico pelo plano de saúde. A empresa nega os atrasos.

 

A empresa de ônibus de Paulínia é a mesma que foi escolhida para assumir o serviço do transporte público de passageiros em Americana, de forma emergencial, a partir de 1º de dezembro.

 

A informação sobre a paralisação em Paulínia é do Sindicato dos Rodoviários de Campinas. Segundo o vice-presidente da entidade, Izael Soares de Almeida, o movimento grevista começou às 6h e durou até às 9h. Nesse intervalo, cerca de 400 funcionários interromperam os trabalhos, incluindo motoristas, monitores, mecânicos e pessoal do setor administrativo.

 

Após três horas de paralisação, o serviço foi restabelecido, com a regularização da situação pela empresa.

 

Cerca de 110 ônibus não saíram da garagem devido ao protesto. Apenas quatro veículos foram liberados, de acordo com o sindicato, para atender alunos portadores de necessidades especiais. Por volta das 10h30 o vale-alimentação foi creditado na conta dos trabalhadores e o atendimento médico pelo Grupo Samaritano foi restabelecido, segundo o sindicato.

 

Foi a sexta vez que os servidores pararam em 2018, segundo a entidade, em protesto contra a Sancetur. Mas a empresa nega os problemas apontados.

 

“Desde o começo do ano estamos realizando paralisações. Toda vez que eles atrasarem o salário ou os benefícios, vamos cruzar os braços. Hoje (ontem) foi por causa do vale-alimentação e do atendimento médico. Se amanhã atrasar o pagamento, vamos parar de novo”, afirmou Almeida.

 

O sindicalista aponta ainda que a Sancetur não estaria recolhendo INSS há dois anos, assim como Fundo de Garantia.
“Fiz denúncia dessa empresa ao Ministério Público em abril, mas o MP ainda não se manifestou. Estamos dando um tempo para a empresa regularizar. Se não regularizar, vamos tomar providências”, afirmou.

 

PREFEITURA
A Prefeitura de Paulínia informou que a paralisação foi parcial e durou apenas 40 minutos, e não três horas, como apontou o sindicato. No entanto, o número de alunos afetados não foi informado.

 

“Mesmo com esse atraso, o transporte foi restabelecido e os estudantes foram atendidos logo após a paralisação. A Prefeitura de Paulínia esclarece que essa paralisação pontual ocorreu em uma das três empresas que operam o transporte na cidade, e que todos os pagamentos e devidos repasses a essas empresas estão rigorosamente em dia”, declarou a prefeitura em nota oficial.

 

EMPRESÁRIO NEGA
De acordo com o diretor da Sancetur, empresário Marco Abi Chedid, o vale alimentação já tinha sido pago antes mesmo da paralisação de ontem, e foi liberado pelo sistema Alelo. “Foi creditado e liberou no dia seguinte. Já estava pago. Eu paguei para todas as cidades (onde a empresa opera). É questão de liberação automática. Se esperassem até às 9h não tinha tido esse problema”, afirmou Chedid.

 

Sobre o plano de saúde, o diretor disse que a situação está resolvida. “Fizemos alterações contratuais, de redução de valores, e tinha que assinar o contrato. Assinamos e está tudo regularizado”, garantiu.

 

Chedid disse ainda que não procede a informação sobre o atraso dos repasses ao INSS e depósitos do Fundo de Garantia. Ele vê motivação política no sindicato. “A Sancetur trabalha em oito cidades, só lá (Paulínia) que dá problema. Isso é uma briga dentro do sindicato de Campinas, ano que vem é ano eleitoral (no sindicato)”, apontou.
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