sábado, 8 novembro 2025
5ª CIDADE DA RMC

Paulínia passa a aplicar soro antiescorpiônico no Hospital Municipal

Cidade se torna a quinta da RMC a oferecer o tratamento, reduzindo o tempo de resposta em casos de picada de escorpião
Por
Thayla Nogueira
Paulínia também será referência regional para atender moradores de Cosmópolis e Artur Nogueira. Foto: Divulgação/Instituto Butantan

O Hospital Municipal de Paulínia (HMP) passou a aplicar o soro antiescorpiônico, utilizado no tratamento de pacientes vítimas de picadas de escorpião. Com isso, o município deixa de depender da Unicamp, em Campinas, para atender casos moderados ou graves.

A medida torna Paulínia a quinta cidade da Região Metropolitana de Campinas a contar com o medicamento, ao lado de Americana, Campinas, Indaiatuba e Sumaré.

O pedido para disponibilização do soro foi feito em fevereiro pelo prefeito Danilo Barros e pelo secretário de Saúde, Antônio Carlos Guimarães, e atendido pelo Governo do Estado.

Atendimento mais rápido salva vidas
Com o soro disponível na rede municipal, o tempo de resposta em casos urgentes diminui drasticamente. Segundo o secretário, crianças e idosos são os grupos mais vulneráveis e precisam receber o medicamento em até 20 minutos após a picada.

“Muitas vezes, levamos quase uma hora para chegar até Campinas. Ter o soro aqui evita deslocamentos e salva vidas”, explicou Guimarães.

Paulínia também será referência regional para atender moradores de Cosmópolis e Artur Nogueira.

Quando o soro deve ser aplicado
Apesar de eficaz, a soroterapia não é indicada para todos os casos. Adultos com sintomas leves geralmente respondem bem à analgesia e bloqueios anestésicos.

“O soro é feito com proteínas derivadas do sangue do cavalo. Ele é seguro, mas não deve ser usado indiscriminadamente”, destacou o secretário.

Somente em 2025, Paulínia registrou 38 acidentes com escorpiões, todos leves, e 285 animais foram encontrados.

Por que aumentaram os escorpiões?
Segundo a Secretaria de Saúde, o avanço da urbanização, o acúmulo de entulhos e a presença de insetos — alimento dos escorpiões — favorecem a proliferação. Ambientes úmidos, escuros e com restos de madeira ou materiais abandonados são ideais para a espécie.

Na região, os mais comuns são o escorpião preto e o amarelo, sendo o amarelo o mais perigoso.

A Vigilância Ambiental continua monitorando bairros e orienta que, sempre que possível, o animal seja levado ao pronto-socorro para identificação da espécie.

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