Pelo menos 45 escolas particulares retomaram as aulas presenciais nesta semana na região, segundo prefeituras. A volta está permitida desde 1º de fevereiro. A rede estadual tem retorno marcado para segunda-feira, o que pode não ocorrer devido à greve de professores. Já as aulas da rede municipal devem voltar presencialmente apenas em março na região.
Segundo os Executivos, não foi constatada nenhuma irregularidade e nem casos de coronavírus neste retorno.
Em Americana, a prefeitura informou que são 16 escolas particulares de Educação Infantil, supervisionadas pela Secretaria de Educação, e todas retornaram. “A orientação está sendo feita a essas escolas, por meio da Supervisão Administrativa e Pedagógica da pasta”.
Ainda segundo o Executivo, as informações referentes às escolas particulares de Ensino Fundamental deveriam ser solicitadas à Diretoria Regional de Ensino, órgão vinculado ao governo estadual.
A Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, informou que das 48 escolas da rede privada da educação infantil, 15 já retornaram às aulas presenciais no município. “As escolas seguem sendo monitoradas em parceria com a Vigilância Sanitária Municipal, que estabeleceu e fiscaliza os protocolos sanitários vigentes”.
Em Nova Odessa, a prefeitura disse que segundo a Vigilância Sanitária municipal, cinco instituições privadas de ensino da cidade já retomaram as aulas no sistema híbrido. “Todas entregaram os protocolos e foram autorizadas a funcionar. A Vigilância iniciou as fiscalizações na segunda, sem intercorrências até o momento”.
A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste relatou que 12 escolas particulares de ensino infantil retomaram as aulas presenciais, seguindo todos os protocolos de segurança. “As unidades de ensino fundamental e médio respondem ao estado (Diretoria Regional de Ensino)”. A Prefeitura de Sumaré disse apenas que a informação era com o estado.
O governo do estado informou ao TODODIA que o sindicato da categoria poderia informar a quantidade de escolas particulares que voltaram.
Conceição Fornasari, diretora da Sinpro Campinas (Sindicato dos Professores de Campinas e Região), que envolve Americana e Santa Bárbara, disse que pelo conhecimento do sindicato, a maioria das escolas particulares retomaram as aulas presenciais. “Muitas sem cumprir os protocolos da ação civil pública que o Sinpro moveu e nem mesmo o planos São Paulo de até hoje”.
O Sinpro interior, que atende Hortolândia, Nova Odessa e Sumaré, foi contatado, mas não retornou.
Novos casos em escola
O colégio Jaime Kratz, localizado no Taquaral, em Campinas, que teve surto de coronavírus e suspendeu as aulas presenciais, tem mais um professor internado pela doença e cinco novos infectados. Segundo nota da instituição na tarde de ontem, agora são 39 funcionários que testaram positivo e oito alunos.
Até quarta-feira (3) eram 37 funcionários e cinco alunos. O colégio já havia informado que uma professora infectada estava internada desde terça (2).
Na nota de ontem, o Jaime Kratz revelou que a profesora está em estado estável e apresentou melhorias. Foi informado ainda que um professor também está internado, em estado estável.
Nenhum dos dois está em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). “A escola está prestando todo apoio à família e professores”, informou, em nota.
O colégio Jaime Kraz suspendeu as aulas presenciais até o próximo dia 18.
A escola tem 1,3 mil alunos e o retorno às aulas ocorreu no dia 25 de janeiro. Outro colégio no mesmo bairro, o Farroupilha, também suspendeu as aulas presenciais, até terça-feira (9), após uma professora e uma aluna testarem positivo para Covid-19.
Depois do ocorrido, o Ministério Público pediu na terça-feira (2) esclarecimentos às escolas, à prefeitura e ao Estado. Foi fixado um prazo de dez dias para o envio das respostas.
O Sinpro Campinas (Sindicato dos Professores de Campinas e Região) informou que tomará todas as ações jurídicas necessárias nos dois casos.
“É imprescindível reafirmar a posição do sindicato em defesa da vida de toda a comunidade escolar e contra o retorno das aulas presenciais sem controle da pandemia e vacina”, disse, em nota.