quinta-feira, 17 outubro 2024
CRISE HÍDRICA

Período de estiagem se torna um desafio para o abastecimento de água de municípios da região

A crise hídrica que assola o país tem reflexos na região e exige mobilização coletiva e investimentos para garantir abastecimento de água potável
Por
Felipe Gomes

O abastecimento de água tem se tornado um dos principais desafios enfrentados pelos municípios da área de cobertura da TV TODODIA. Com um período de estiagem sem precedentes, o estado de São Paulo enfrenta a pior seca desde, pelo menos 1982, para um segundo quadrimestre, conforme dados divulgados pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais).

No último domingo (13), alguns bairros de Americana sofreram interrupções no abastecimento de água em razão do baixo nível do Rio Piracicaba. Com um sistema de abastecimento envelhecido e desgastados e problemas crônicos que ficam mais evidentes em períodos de crise como esse, o município se vê com desafios recorrentes para oferecer um abastecimento de água pleno à população.

O superintendente do DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Americana, Marcos Morelli, destacou que a cidade enfrenta sérios desafios relacionados ao abastecimento, mas enfatizou que o problema não está na capacidade de captação “Temos um problema sim, Americana hoje ela não tem problema na captação de água, devido às obras que foram feitas. Então hoje a gente consegue captar o volume que precisa, mas o rio se encontra numa condição que está nos dificultando o tratamento, então o tratamento aqui na estação fica mais lento. Nós precisamos de mais tempo para manter a qualidade da água e manter a potabilidade que a gente manda para a população”, enfatizou Marcos.

A situação não se limita a Americana, outros municípios da área de cobertura da TV TODODIA também estão enfrentando dificuldades. Limeira, por exemplo, decretou situação de emergência para o uso da água. Sumaré interrompeu a captação de água há cerca de um mês devido ao baixo nível do Rio Atibaia.

Em Nova Odessa, a Coden informou que os níveis das nossas represas estão em estado considerado alerta. “Até o momento não está afetando o abastecimento. Estamos aguardando as previsões de chuva para verificarmos os volumes de precipitação, mas a hipótese de um racionamento não está descartada.”, afirmou a autarquia.

Já em Santa Bárbara d’ Oeste, o DAE (Departamento de Água e Esgoto), responsável pelo abastecimento, diz que a reservação de água bruta, que inclui as represas Areia Branca, São Luiz e de Cillo, está em 40%, volume considerado aceitável para este momento de estiagem severa. “Até o momento, o abastecimento na cidade não está sendo prejudicado, porém o DAE reforça que é fundamental que as pessoas façam o uso racional da água nesse momento, ainda mais quando se observa que cidades da região já estão enfrentando problema no abastecimento.”

Para a gerente técnica do Consórcio PCJ, Andréa Borges, os municípios têm que estar preparados para enfrentarem o problema, principalmente com a construção de pequenos reservatórios. “Estamos acompanhando duas construções de barragens aqui na região, com previsão para terminar entre 2025 e 2026, mas cada município deve ter seu reservatório e cuidar em relação a poluição.”

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