A PF (Polícia Federal) deflagrou ontem a Operação Custo Previdenciário, para combater fraudes na Previdência Social, em Campinas. Participaram da operação o Ministério Público Federal e a Previdência Social que, juntamente com a PF, formam a Força-Tarefa Previdenciária.
Em Campinas, foram cumpridos 10 mandados judiciais, sendo oito de busca e apreensão e dois de prisão temporária. Os dois presos são funcionários da agência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), no Bairro Satélite Íris.
Segundo a Previdência Social, foram detectadas irregularidades em pelo menos 20 benefícios, com prejuízo de R$ 256 mil. A economia proporcionada pelo fim da ação criminosa foi estimada em R$ 4,2 milhões, considerando pagamentos futuros que deixarão de ser feitos.
Segundo a PF, as investigações tiveram início em fevereiro deste ano, com base em denúncia que apontava irregularidades verificadas na citada Agência da Previdência Social em Campinas.
Servidores do próprio INSS estavam envolvidos no esquema, que concedia aposentadorias por idade e por tempo de contribuição, entre outros benefícios, de maneira ilegal. A Força-Tarefa constatou que os acusados simulavam a presença de segurados nos atendimentos e inseriam e alteravam dados referentes a vínculos de emprego e a contribuições. Foram descobertas também irregularidades como cálculos indevidos e a majoração de valores.
Eles responderão, na medida de sua culpabilidade, pelos crimes de estelionato previdenciário, associação criminosa, corrupção, entre outros.
A operação foi batizada de Custo Previdenciário, em alusão aos prejuízos causados à Previdência por esse tipo de desvio.