sexta-feira, 26 abril 2024

Plano prevê distância mínima de 60m entre novos prédios e casas em Americana

Os transtornos causados a moradores de casas vizinhas a prédios em Americana devem ser evitados com a aprovação do PDDI (Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado), projeto ainda em discussão na Câmara, que prevê uma “faixa de transição” entre casas e novos prédios em bairros residenciais a fim de evitar que as torres atrapalhem a privacidade dos moradores das residências. 

Essa medida está prevista no item de zoneamento do projeto. A matéria tem 122 páginas e está em discussão na Comissão Especial de Estudos e Acompanhamento Sobre o PDDI, que já foi tema de duas audiências públicas e ainda será de mais uma nas próximas semanas. 

De acordo com o presidente da comissão, vereador Marco Antonio Alves Jorge, o Kim (SD), essa faixa de transição, a ser aplicada em Zonas Mistas e Zonas Residenciais, foi um clamor da população incluído pela Secretaria de Planejamento no projeto. 

“Esse é um problema que tem surgido na cidade com o aumento de prédios. Muitas vezes existe um determinado bairro, onde se predomina a presença de casas térreas, residências, e que recebe a construção de prédios. As torres, quando muito próximas das casas, acabam tirando toda a privacidade dos moradores que estão no local há anos”, explicou o parlamentar. 

Kim explicou que, com a nova regra, ficará estabelecido uma espécie de “degradê”, com a previsão de uma distância de 60 metros entre o prédio e as casas. A determinação tem aplicabilidade a partir de construções com três andares. 

“Essa transição pode ser feita de várias formas. Poderia ser com imóveis comerciais, ou sistema viário, uma praça. Porque sempre quando tem um adensamento populacional assim, acaba estimulando surgimento de padarias, mercearias, entre outros comércios, que podem estar nessa faixa de transição”, afirmou o vereador. 

De acordo com o projeto do PDDI, cada novo empreendimento, no momento da aprovação, terá uma análise em relação a essa distância, e apresentará as soluções para essa transição. 

“A lei também prevê outras soluções técnicas que possam substituir essa distância, como um bosque, muro, enfim. Às vezes até a topografia do local ajuda. Então cabe um estudo técnico de cada caso para evitar o problema que tem gerado desconforto na sociedade”, disse Kim. 

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